Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 4 de 4
Filter
1.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 6(2): 151-169, abr.jun.2022. ilus
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1400194

ABSTRACT

O angioedema hereditário é uma doença autossômica dominante caracterizada por crises recorrentes de edema que acometem o tecido subcutâneo e o submucoso, com envolvimento de diversos órgãos. Os principais locais afetados são face, membros superiores e inferiores, as alças intestinais e as vias respiratórias superiores. Em decorrência da falta de conhecimento dessa condição por profissionais de saúde, ocorre atraso importante no seu diagnóstico, comprometendo a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Além disso, o retardo no diagnóstico pode resultar em aumento da mortalidade por asfixia devido ao edema de laringe. A natureza errática das crises com variação do quadro clínico e gravidade dos sintomas entre diferentes pacientes, e no mesmo paciente ao longo da vida, se constitui em desafio no cuidado dos doentes que têm angioedema hereditário. O principal tipo de angioedema hereditário é resultante de mais de 700 variantes patogênicas do gene SERPING1 com deficiência funcional ou quantitativa da proteína inibidor de C1, porém nos últimos anos outras mutações foram descritas em seis outros genes. Ocorreram avanços importantes na fisiopatologia da doença e novas drogas para o tratamento do angioedema hereditário foram desenvolvidas. Nesse contexto, o Grupo de Estudos Brasileiro em Angioedema Hereditário (GEBRAEH) em conjunto com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) atualizou as diretrizes brasileiras do angioedema hereditário. O maior conhecimento dos diversos aspectos resultou na divisão das diretrizes em duas partes, sendo nessa primeira parte abordados a definição, a classificação e o diagnóstico.


Hereditary angioedema is an autosomal dominant disease characterized by recurrent attacks of edema that affect the subcutaneous tissue and the submucosa, involving several organs. The main affected sites are the face, upper and lower limbs, gastrointestinal tract, and upper airways. Because health professionals lack knowledge about this condition, there is a significant delay in diagnosis, compromising the quality of life of affected individuals. Furthermore, delayed diagnosis may result in increased mortality from asphyxia due to laryngeal edema. The erratic nature of the attacks with variations in clinical course and severity of symptoms among different patients and in one patient throughout life constitutes a challenge in the care of patients with hereditary angioedema. The main type of hereditary angioedema results from more than 700 pathogenic variants of the SERPING1 gene with functional or quantitative deficiency of the C1 inhibitor protein, but in recent years other mutations have been described in six other genes. Important advances have been made in the pathophysiology of the disease, and new drugs for the treatment of hereditary angioedema have been developed. In this context, the Brazilian Study Group on Hereditary Angioedema (GEBRAEH) in conjunction with the Brazilian Association of Allergy and Immunology (ASBAI) updated the Brazilian guidelines on hereditary angioedema. Greater knowledge of different aspects resulted in the division of the guidelines into two parts, with definition, classification, and diagnosis being addressed in this first part.


Subject(s)
Humans , Therapeutics , Classification , Diagnosis , Angioedemas, Hereditary , Quality of Life , Asphyxia , Signs and Symptoms , Societies, Medical , Pharmaceutical Preparations , Glycoproteins , Laryngeal Edema , Allergy and Immunology , Mutation
2.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 6(2): 170-196, abr.jun.2022. ilus
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1400199

ABSTRACT

O tratamento do angioedema hereditário tem início com a educação dos pacientes e familiares sobre a doença, pois é fundamental o conhecimento da imprevisibilidade das crises, assim como os seus fatores desencadeantes. O tratamento medicamentoso se divide em terapia das crises e profilaxia das manifestações clínicas. As crises devem ser tratadas o mais precocemente possível com o uso do antagonista do receptor de bradicinina, o icatibanto ou o concentrado de C1-inibidor. É necessário estabeler um plano de ação em caso de crises para todos os pacientes. A profilaxia de longo prazo dos sintomas deve ser realizada preferencialmente com medicamentos de primeira linha, como concentrado do C1-inibidor ou o anticorpo monoclonal anti-calicreína, lanadelumabe. Como segunda linha de tratamento temos os andrógenos atenuados. Na profilaxia de curto prazo, antes de procedimentos que podem desencadear crises, o uso do concentrado de C1-inibidor é preconizado. Existem algumas restrições para uso desses tratamentos em crianças e gestantes que devem ser consideradas. Novos medicamentos baseados nos avanços do conhecimento da fisiopatologia do angioedema hereditário estão em desenvolvimento, devendo melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O uso de ferramentas padronizadas para monitorização da qualidade de vida, do controle e da atividade da doença são fundamentais no acompanhamento destes pacientes. A criação de associações de pacientes e familiares de pacientes com angioedema hereditário tem desempenhado um papel muito importante no cuidado destes pacientes no nosso país.


The treatment of hereditary angioedema begins with the education of patients and their families about the disease, as it is essential to know the unpredictability of attacks as well as their triggering factors. Drug treatment is divided into attack therapy and prophylaxis of clinical manifestations. Attacks should be treated as early as possible with the bradykinin receptor antagonist icatibant or C1-inhibitor concentrate. An action plan needs to be established for all patients with attacks. Long-term prophylaxis of symptoms should preferably be performed with first-line drugs such as C1-inhibitor concentrate or the anti-kallikrein monoclonal antibody lanadelumab. Attenuated androgens are the second line of treatment. In short-term prophylaxis, before procedures that can trigger attacks, the use of C1-inhibitor concentrate is recommended. There are some restrictions for the use of these treatments in children and pregnant women that should be considered. New drugs based on advances in knowledge of the pathophysiology of hereditary angioedema are under development and are expected to improve patient quality of life. The use of standardized tools for monitoring quality of life and controlling disease activity is essential in the follow-up of these patients. The creation of associations of patients and families of patients with hereditary angioedema has played a very important role in the care of these patients in Brazil.


Subject(s)
Humans , Drug Therapy , Angioedemas, Hereditary , Antibodies, Monoclonal, Humanized , Bradykinin Receptor Antagonists , Patients , Quality of Life , Therapeutics , Bradykinin , Pharmaceutical Preparations , Kallikreins , Reference Drugs
3.
Arq. Asma, Alerg. Imunol ; 1(3): 316-318, jul.set.2017. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1380546

ABSTRACT

Reações de hipersensibilidade a medicamentos (RHM) podem induzir manifestações clínicas heterogêneas, desde leves até graves. São classificadas em imunológicas ou alérgicas quando mediadas por anticorpos ou linfócitos T, e não imunológicas quando decorrentes de efeitos farmacológicos da droga, incluindo inibição da enzima cicloxigenase (Cox). Os dois grupos mais frequentemente implicados nas RHM são os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), e os antibióticos betalactâmicos. O manejo adequado das reações aos AINEs depende da identificação do mecanismo fisiopatológico envolvido, que permitirá classificar em reator seletivo (indivíduo que reage a um único fármaco e a outros com estrutura química similar), ou reator múltiplo ou intolerante cruzado (aquele que reage a múltiplos fármacos de estrutura química não relacionada). O cloridrato de benzidamina (CBZ) é um AINE de uso frequente e relativamente seguro, sem descrições de reações graves associadas ao seu uso. Atua inibindo as enzimas Prostaglandina Endoperoxidase H Sintase 1 e/ou 2, e a Fosfolipase A2. Em pacientes com história de reações aos AINEs, o teste de provocação é a ferramenta diagnóstica padrão ouro para confirmar ou excluir a reatividade cruzada a outros AINEs e definir um fármaco alternativo seguro. Descreveremos um caso raro de anafilaxia ao CBZ durante teste de provocação oral.


Hypersensitivity drug reactions (HDRs) may induce mild to severe heterogeneous clinical manifestations. They are classified as immunological or allergic when mediated by antibodies or T lymphocytes, and non-immunological when resulting from pharmacological effects of the drug, including inhibition of the cyclooxygenase (Cox) enzyme. The two groups of drugs most frequently implicated in HDRs are non-steroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) and beta-lactam antibiotics. Appropriate management of NSAID reactions depends on identification of the pathophysiological mechanism involved, which will allow to classify the patient as selective reactor (patient reacting to a single drug and others with similar chemical structure) or multiple or cross-intolerant reactor (patient reacting to multiple drugs with unrelated chemical structure). Benzydamine hydrochloride (BZH) is a frequently used, relatively safe NSAID for which descriptions of severe reactions are not available. BZH acts inhibiting the enzymes prostaglandin endoperoxide H synthase (PGHS) 1 and/ or 2 and phospholipase A2. In patients with a history of NSAID reactions, the challenge test is the gold standard diagnostic tool to confirm or exclude cross-reactivity to other NSAIDs, and to define a safe alternative drug. In this paper, we describe a rare case of anaphylaxis to BZH during an oral drug provocation test.


Subject(s)
Humans , Female , Adult , Benzydamine , Anaphylaxis , Signs and Symptoms , Benzydamine/adverse effects , Anti-Inflammatory Agents, Non-Steroidal , Prostaglandin-Endoperoxide Synthases , Hypersensitivity
4.
São Paulo; s.n; 2016. [43] p. tab.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-870891

ABSTRACT

Estudos avaliando a prevalência de urticária crônica espontânea (UCE) no lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ), assim como possíveis fatores associados são restritos a poucos relatos de caso. Objetivos: Avaliar a prevalência de UCE em uma população expressiva de LESJ, assim como sua possível associação com dados demográficos, manifestações clínicas, alterações laboratoriais, atividade/dano cumulativo da doença e tratamento. Métodos: Um estudo de coorte multicêntrico retrospectivo foi realizado em 10 serviços de Reumatologia Pediátrica provenientes do Grupo Brasileiro de Lúpus e incluiu 852 pacientes com LESJ. UCE foi diagnosticada de acordo com o guideline do EAACI/GA2LEN/EDF/WAO. Os pacientes foram divididos em dois grupos para a avaliação das manifestações clínicas atuais, assim como parâmetros laboratoriais e tratamento: pacientes que tiveram UCE (avaliados durante o diagnóstico da urticária) e pacientes sem UCE (avaliados na última consulta). Resultados: A presença de urticária foi observada em 10/852 (1,17%) pacientes com LESJ. A comparação entre os pacientes com LESJ com e sem UCE revelou uma maior frequência de sintomas constitucionais (40% vs. 8%, p=0,005), envolvimento do sistema reticuloendotelial (30% vs. 3%, p=0,003), sintomas mucocutâneos (90% vs. 28%, p < 0,0001), manifestações musculoesqueléticas (50% vs. 6%, p < 0,0001) e necessidade de pulso de metilprednisolona (60% vs. 8%, p < 0,0001) no grupo com UCE. A frequência do uso de imunossupressor foi menor nos pacientes com UCE (20% vs. 61%, p=0,017). As medianas do SLEDAI-2K (12 vs. 2, p < 0,0001) e do VHS (40 vs. 19 mm/1a hora, p=0,024), foram maiores nos pacientes com UCE. Conclusões: Este foi o primeiro estudo que evidenciou a possível relação da UCE com LESJ. A UCE aconteceu predominantemente no início do curso do LESJ e esteve associada com uma atividade de doença moderada/alta e sem envolvimento de órgãos nobres...


Data regarding the prevalence of chronic spontaneous urticaria (CSU) in childhood-onset systemic lupus erythematosus (cSLE) patients and possible associated factors are limited to few case reports. The objectives of the present study were to assess CSU in a large cSLE population evaluating demographic data, clinical manifestations, disease activity/damage, laboratory abnormalities and treatment. Methods: A retrospective multicenter cohort study (Brazilian cSLE group) was performed in 10 Pediatric Rheumatology services including 852 cSLE patients. CSU was diagnosed according to EAACI/GA2LEN/EDF/WAO Guidelines. Patients with CSU (evaluated at urticaria diagnosis) and patients without CSU (evaluated at last visit) were assessed for lupus clinical/laboratory features and treatment. Results: CSU was observed in 10/852 (1.17%) cSLE patients. Comparison of cSLE patients with and without CSU revealed a higher frequency of constitutional (40% vs. 8%, p=0.006), reticuloendothelial system involvement (30% vs. 3%, p=0.003), mucocutaneous (90% vs. 28%, p < 0.0001) and musculoskeletal manifestations (50% vs. 6%, p < 0.0001) and methylprednisolone pulse therapy use (60% vs. 8%, p < 0.0001) in the former group. The frequency of immunosuppressive treatment was lower in patients with CSU(p=0.017). The median SLEDAI-2K (12 vs. 2, p < 0.0001) and ESR (40 vs. 19 mm/1sthour, p=0.024), was higher in patients with CSU. Conclusions: To our knowledge this was the first study that evidenced that CSU may be linked to cSLE. We also demonstrated that this particular skin manifestation occurs predominantly at disease onset and it was associated with lupus moderate/high disease activity without major organ involvement...


Subject(s)
Humans , Child , Child , Cohort Studies , Lupus Erythematosus, Systemic , Multicenter Studies as Topic , Prevalence , Urticaria
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL