ABSTRACT
Objectives A few recent studies have focused on epidural hematomas (EDHs) that are routine in emergency rooms. The study was to evaluate the latest situation of affected patients by encephalic trauma associated with EDH in our service. Methods Prospective study between September 1, 2003 and May 30, 2009. Data were computed regarding age, sex, trauma mechanism, qualification by Glasgow coma scale admission, presence of anisocoria, and evaluation by the recovery of Glasgow scale high, with all patients by computed tomography (CT) scan. Results Among the 173 analyzed patients, mortality reached 20 patients (11.5%). Mortality was higher in the subgroup of 76 patients (44%) admitted with Glasgow coma scale (GCS ≤ 8) with 17 deceased, corresponding to 85% of total deaths. Prevalence of male subjects (140 cases, 81%) with bruises located in the temporal, frontal and parietal regions; 147 (85%) patients underwent neurosurgical treatment by craniotomy. The worst prognosis was in patients with hematomas of higher-volume (50 mL), midline structures deviations greater than 1.5 mm and basal cisterns CSF closed. Conclusion The authors emphasize the correct indication of neurosurgery and the postoperative intensive care unit (ICU) as key factors for success in the treatment of patients with EDHs.
Objetivos Poucos estudos atuais tem focado os hematomas epidurais que são rotina nos serviços de emergência. O estudo teve por objetivo avaliar a situação mais recente dos doentes acometidos por traumatismo crânio ancefálico associado a hematoma epidural no nosso serviço. Métodos Estudo prospectivo entre 1 de setembro de 2003 a 30 de maio de 2009. Foram computados dados referentes a idade, sexo, mecanismo do traumatismo, qualificação pela escala de coma de Glasgow` a admissão, presença de anisocoria e avaliação pela escala de recuperação de Glasgow na alta, tendo todos os pacientes realizado tomografia de crânio. Resultados Dentre os 173 pacientes analisados encontramos mortalidade de 20 pacientes (11,5%). No subgrupo de 76 pacientes (44%) admitidos em escala de coma de Glasgow (ECGLa) ≤ 8 pontos, a mortalidade foi superior com 17 óbitos, correspondendo a 85% do total de óbitos. Prevaleceram indivíduos do sexo masculinos (140 casos, 81%) com hematomas localizados na região temporal, seguido pelas regiões frontal e parietal; 147 (85%) foram submetidos a tratamento neurocirúrgico por craniotomia. O prognóstico foi pior nos pacientes com hematomas de volume superior a 50 mL, desvios de estruturas de linha mediana maiores que 1,5 mm e cisternas liquóricas basais fechadas. Conclusões Os autores enfatizam a correta indicação da neurocirurgia e o pósoperatório na unidade de terapia intensiva como fatores chave para o bom resultado no tratamento dos doentes com hematomas epidurais.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Craniocerebral Trauma/complications , Hematoma, Epidural, Cranial/complications , Hematoma, Epidural, Cranial/mortality , Hematoma, Epidural, Cranial/epidemiology , Intensive Care UnitsABSTRACT
Os autores relatam e discutem o mecanismo pelo qual um paciente de 33 anos, com relato de traumatismo crânio encefálico ocorrido 5 dias antes comperda de consciência no momento do traumatismo, e assintomático nos 4 dias sequentes, iniciou diplopia no quinto dia após o traumatismo, sintoma que provocou sua ida ao pronto-socorro, a realização de exame físico neurológico normal e de tomografia do crânio devido a história e mecanismo de traumatismo, que revelou hematoma epidural occipital, prontamente operado, com o sintoma de diplopia tendo desaparecido no 14o dia após a cirurgia, já com o paciente em casa.
The authors report a male of 33 years that after head trauma occurred 5 days before developed diplopia, which motivated him to go to the emergency room, where even without changes in neurological examination, brain CT scan performed revealed an epidural hematoma occipital, operated with good functional outcome.
Subject(s)
Humans , Male , Adult , Diplopia/etiology , Craniocerebral Trauma/complications , Hematoma, Epidural, Cranial/complications , Hematoma, Epidural, Cranial/diagnosis , Tomography, X-Ray ComputedABSTRACT
Os autores discutem a aplicação da classificação AO e do conceito de Denis na qualificação dos traumatismos raquimedular e raquidiano, com ênfase nas indicações de cirurgia da coluna vertebral, expondo um quadro prático para tomada de decisão, que engloba todas as situações. Citam que embora tais classificações, as mais usadas na atualidade, sejam úteis para alicerçar o raciocínio clínico e cirúrgico dos casos de traumatismo raquimedular (TRM) e traumatismo raquidiano (TR), independente da forma de classificação empregada, ou mesmo que surjam outras classificações para os mesmos propósitos, duas questões serão sempre as mais importantes a serem respondidas pelos médicos assistentes na tomada de decisão: Há déficit neurológico? Há instabilidade da coluna vertebral?
The authors discuss the application of the AO classification and the concept of Denis, in qualifying of spinal cord injury, with emphasis on indications of spine surgery, exposing a practical framework for decision making, which includes all situations. Although these ratings, the most used are useful to support the clinical reasoning and surgical cases, two questions must always be answered by attending physicians for making decisions: Is there neurological deficit? Is there instability of the spine?
Subject(s)
Humans , Spinal Injuries/classification , Spinal Injuries/complications , Trauma, Nervous System/complicationsABSTRACT
Os autores descrevem o caso de um doente de 34 anos que, após agressão sofrida em 2008, detectou o surgimento de tumoração no mesmo local em que sofrera a agressão, onde surgiu uma fístula arteriovenosa cutânea pós-traumática, documentada por meio de angiografia digital. Tanto o doente quanto a equipe médica optaram por conduta não cirúrgica, e o doente segue assintomático no seguimento ambulatorial, sem modificação da fístula desde seu diagnóstico.
The authors describe a 34 years old men with cutaneous vascular disorder after a cranial injury suffered three months ago. Subsidiary investigation by angiography showed a cutaneous arteriovenous malformation. The men asymptomatic, have a non-surgical conduct and he is very well after three years.
Subject(s)
Humans , Male , Adult , Cerebral Angiography , Embolization, Therapeutic , Arteriovenous Fistula/etiology , Craniocerebral Trauma/complications , AneurysmABSTRACT
The authors provide a review of brain arteriovenous malformations, initially reviewing epidemiological and etiological aspects in addition to the pathophysiology and risk factors associated with bleeding. The emphasis of this review is directed to the clinical and care should be taken since the diagnosis of this pathology, intraoperative management on the viewpoint of the anesthesiologist to the potential complications that occur after resection of the lesion.
Os autores realizam uma revisão sobre malformações arteriovenosas encefálicas, revisando inicialmente aspectos etiológicos e epidemiológicos, além da fisiopatologia e de fatores relacionados com risco de sangramento. A maior ênfase dessa revisão é direcionada para o quadro clínico e para os cuidados que devem ser tomados desde o diagnóstico dessa patologia, o manejo intraoperatório sob o ponto de vista do anestesista, até as possíveis complicações que ocorrem após a ressecção da lesão.
Subject(s)
Humans , Arteriovenous Fistula , Intracranial Arteriovenous Malformations/diagnosis , Intracranial Arteriovenous Malformations/epidemiology , Intracranial Arteriovenous Malformations/etiology , Intracranial Arteriovenous Malformations/physiopathology , Preoperative CareABSTRACT
The Fisher revised scale (FRS) presents an alternative for evaluating patients with subarachnoid hemorrhage (SAH). In this study, we compared the prognosis of patients with SAH and vasospasms (VSP). METHOD: This was a prospective study on patients with a diagnosis of aneurysmal SAH, 72 hours after the initial event. Sequential neurological examinations and Hunt and Hess (HaH) score were performed on the 1st, 7th and 14th days. Transcranial Doppler was used to assess vasospasms. RESULTS: Out of the 24 patients studied, ten (41.66 percent) presented a delayed neurological deficit, such as diminished consciousness, decreased HaH score or death. The single patient classified as FS-1 did not have any delayed neurological deficit, while such deficits evolved in one patient out of five with FS-2 (20 percent); two out of seven with FS-3 (28.57 percent) and seven out of 11 with FS-4 (63.63 percent). CONCLUSION: Level three of the FS and FRS seemed to be compatible with regard to predicting the likelihood of progression to severe VSP.
A escala revisada de Fisher (FRS) representa uma alternativa para avaliação de pacientes com hemorragia subaracnóidea (HSA). Neste estudo comparamos a evolução prognóstica referente ao vasoespasmo (VSP) nos pacientes com HSA. MÉTODO: Estudo prospectivo em pacientes com diagnóstico de HSA, com 72 horas após o evento inicial. Escala de Hunt e Hess (HeH) foi realizada no 1º, 7º, 14º dia. Utilizamos Doppler transcraniano para avaliação de VSP. RESULTADOS: Dos 24 pacientes estudados dez (41,66 por cento) tiveram déficit neurológico tardio (DNT), como diminuição da consciência, grau de HeH ou morte. Um paciente de cinco classificados como FS-2 (20 por cento), dois de sete pacientes com FS-3 (28,57 por cento) e sete de 11 pacientes com FS-4 (63,63 por cento) evoluíram com DNT. Para o FRS não encontramos piora neurológica precoce no paciente com FRS-0. CONCLUSÃO: O nível três da FS e FRS parecem ser comparáveis, quando se trata de predizer a probabilidade de progressão para VSP grave.
Subject(s)
Adult , Aged , Aged, 80 and over , Female , Humans , Male , Middle Aged , Subarachnoid Hemorrhage/physiopathology , Vasospasm, Intracranial/physiopathology , Disease Progression , Prognosis , Prospective Studies , Severity of Illness Index , Subarachnoid Hemorrhage/complications , Subarachnoid Hemorrhage , Tomography, X-Ray Computed , Vasospasm, Intracranial/etiology , Vasospasm, IntracranialABSTRACT
A paraparesia espástica tropical (PET)é mielopatia crônica, observada predominantemente nos trópicos recentemente descoberta ser de origem retroviral (HTLV-I). O objetivo deste estudo foi delinear a evoluçäo histórica de sua descriçäo, denominaçöes e referências etiológicas. A análise histórica revelou que essa condiçäo teve diferentes denominaçöes e a descoberta de sua etiologia retroviral em parte dos casos abriu diversas linhas de investigaçöes e interesse epidemiológico, nos trópicos e no Brasil