ABSTRACT
Em qualquer época, nas mais diversas partes do planeta, o homem sempre se organizou em sociedade e se questionou sobre si e sobre o mundo que o rodeia. Cada grupo desenvolveu sua maneira particular de olhar e compreender o entorno e carregá-lo de significados. Nesse sentido, o estudante e a população, de maneira ampla, precisam ter contato com os conhecimentos e saberes elaborados por outras etnias, principalmente as que habitam o território brasileiro. É impossível um indivíduo, um estudante, estar informado sobre a situação política, econômica e social do país sem ter informações corretas e menos preconceituosas a respeito dos povos indígenas. Nesse contexto, e aprendendo com os fatos do passado e do presente, e principalmente da atualidade - quando a comunicação e o convívio dos povos, culturas, nações e grupos sociais acontecem em graus, intensidades e extensões nunca antes visto-, passa a ser fundamental para convivência harmônica entre os povos o exercício de se colocar no lugar do outro. Valorizar as diferenças, percebendo e respeitando uma outra forma de lidar com o mundo. Dentro da sociedade ocidental, existe esse estranhamento e sentimento que o diferente é errado. Os homossexuais, as mulheres, os negros, as religiões afro-brasileiras sofrem discriminação por pertencerem a grupos com outros códigos. Uma nação complexa como o Brasil, detentora de uma multiplicidade de culturas e maneiras de ser, consequência da sua natureza pluricultural e multiétnica, deve traçar estratégias efetivas visando a educação para o respeito à diversidade sóciocultural. O desafio que buscamos superar envolve socializar elementos adequados para uma efetiva reconstrução da realidade. Utilizamos o referencial teórico da representação social como metodologia para uma atividade de popularização da Astronomia e da cultura indígena sobre a ótica da Etnoastronomia Guarani Mbya. Com esse tema, buscamos tratar de conceitos familiares em Astronomia e aproveitar esse viés para...