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1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(8): e00091419, 2020. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1124336

ABSTRACT

Abstract: This study aimed to verify the effects of buying television advertised food in schoolchildren eating behaviors. We performed a cross-sectional study with fourth grade students of an elementary education in Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil. We analyzed anthropometric data, the habit of buying television advertised food/beverages, and food consumption (two 24-hour dietary recalls). Logistic regression models were conducted and adjusted for gender, age, caloric intake, nutritional status, and social deprivation of area of residence. In total, 797 children were evaluated, the mean age was 9.81 (0.59) years, 50.7% were female, and 32.4% overweight. The prevalence of the habit of buying television advertised food was 43.1%, among which 99.3% concerned ultra-processed foods, according to the classification proposed by Monteiro et al. (2016), mainly milk beverages (12.1%), industrialized biscuits (11.5%) and candies (9.5%). The habit of buying advertised food increased the chance of consuming ultra-processed foods (OR = 1.92; 95%CI: 1.06-3.46). We found no correlation between this habit and the consumption of minimally processed and processed foods (p < 0.05). This study findings may corroborate the debate on food advertising policy and the development of effective nutrition interventions among schoolchildren, which should involve integrated education bringing together children and parents.


Resumo: O estudo teve como objetivo verificar a associação entre o hábito de comprar produtos alimentícios anunciados na televisão e o consumo de determinados alimentos, em uma amostra transversal de alunos do quarto ano do Ensino Fundamental na rede municipal de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Foram analisados dados antropométricos, o hábito de comprar alimentos e bebidas anunciados na televisão e o consumo de alimentos específicos (dois recordatórios alimentares de 24 horas). Foram construídos modelos de regressão logística ajustados para sexo, idade, calorias na dieta, estado nutricional e privação social da região de residência. O estudo avaliou 797 crianças, com média de idade de 9,81 (0,59) anos, 50,7% das quais do sexo feminino e 32,4% com sobrepeso. A prevalência do hábito de comprar alimentos anunciados na televisão foi de 43,1%. Entre estas crianças, 99,3% relatavam alimentos ultraprocessados de acordo com a classificação proposta por Monteiro et al. (2016), com destaque para as bebidas lácteas (12,1%), biscoitos industrializados (11,5%) e doces (9,5%). O hábito de comprar produtos alimentícios anunciados na TV aumentava o consumo de alimentos ultraprocessados (OR = 1,92; IC95%: 1,06-3,46). Não houve associação entre esse hábito e o consumo de alimentos minimamente processados ou processados (p < 0,05). Os achados podem contribuir para o debate sobre políticas regulatórias para a propaganda de produtos alimentícios, além de assistir no desenvolvimento de intervenções nutricionais efetivas entre escolares, o que deve envolver ações educacionais integradas, com a participação das crianças e seus pais.


Resumen: El objetivo de este estudio fue verificar la asociación del hábito de comprar comida anunciada en la televisión y el consumo de comida. Este estudio trasversal se desarrolló con estudiantes del cuarto año en la red municipal de escuelas primarias en Belo Horizonte, Minas Gerais Brasil. Se investigaron datos antropométricos, el hábito de comprar comida/bebidas que aparecen en anuncios de televisión y consumo de comida (dos recordatorios de 24-horas). Se construyeron modelos de regresión logística, ajustados por sexo, edad, calorías de la dieta, estatus nutricional, y carestía social de la región de residencia. Se evaluaron a un total de 797 niños, con una media de 9,81 (0,59) años de edad, 50,7% mujeres y un 32,4% con sobrepeso. La prevalencia del hábito de comprar comida anunciada en televisión fue de un 43,1%. Entre estos, un 99,3% se refirió a comidas ultraprocesadas según la clasificación propuesta por Monteiro et al. (2016), con énfasis en bebidas lácteas (12.1%), galletas industrializadas (11.5%) y golosinas (9.5%). El hábito de comprar comida anunciada aumenta la oportunidad de consumir comida ultraprocesada (OR = 1,92; IC95%: 1,06-3,46). No hubo asociación entre este hábito y el consumo de comidas mínimamente procesadas y procesadas (p < 0,05). El hábito de comprar comida anunciada en televisión lleva a un consumo más alto de productos procesados. Tal vez los resultados de este estudio contribuyan al debate de la política regulatoria en la publicidad de comida, así como también al apoyo en el desarrollo de intervenciones efectivas nutricionales entre escolares, que implicarían acciones integradas educativas, involucrando a los niños y a sus respectivos progenitores.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Television , Advertising , Brazil , Energy Intake , Cross-Sectional Studies , Habits
2.
Belo Horizonte; s.n; 2020. 138 p.
Thesis in Portuguese | LILACS, InstitutionalDB, ColecionaSUS | ID: biblio-1416951

ABSTRACT

O ambiente alimentar pode influenciar as escolhas de crianças e adolescentes com potencial impacto no consumo alimentar. No entorno residencial, o acesso e o tipo de comércio de alimentos pode ser um dos fatores associados a hábitos alimentares não saudáveis nesse público. Objetivo: Avaliar a associação entre o ambiente alimentar comunitário residencial e o consumo de ultraprocessados entre escolares de uma metrópole brasileira. Métodos: Foi conduzida uma revisão sistemática com busca de artigos publicados entre 2008 e 2018 nas bases de dados PubMed, Scopus e BVS. Adicionalmente, realizou-se um estudo transversal com estudantes (n=708) de 9 a 10 anos das escolas municipais de Belo Horizonte/MG. Informações socioeconômicas foram obtidas via telefone por meio de um questionário com os pais. Com as crianças foram aplicados dois recordatórios 24h, sendo o consumo de ultraprocessados considerado excessivo quando ≥ percentil 80 da distribuição. As medidas objetivas do ambiente comunitário foram densidade e proximidade de estabelecimentos de venda predominante de alimentos in natura ou minimamente processados (MP), de venda predominante de ultraprocessados (UP) e mistos. Adicionalmente, foi avaliado o índice de estabelecimentos de venda predominante de UP e MP. A unidade geográfica elegida foi o buffer euclidiano de 1000 metros no entorno residencial da criança. Resultados: Na revisão foram identificados 17 estudos sendo a maioria (94%) realizada em países desenvolvidos e publicados entre 2011 e 2018 (86%). Mais de 80% dos estudos apresentaram de duas a três falhas indicando limitada qualidade metodológica. O sistema de informação geográfica foi o método predominante para caracterizar o ambiente (94%) e quase a totalidade das publicações utilizou dados secundários do ambiente (n=16). A maior parte dos estudos (86,4%) obteve associações nulas entre o ambiente alimentar e consumo e alguns encontraram associações inversas ao esperado. Índices que avaliaram de maneira conjunta os estabelecimentos de venda de alimentos e consumo alimentar apresentaram resultados mais consistentes do que medidas isoladas. No estudo transversal, verificou-se que crianças que residiam em locais com predominância de estabelecimentos de venda de ultraprocessados apresentaram maiores chances de consumo desses alimentos (OR: 2,16; IC 95%: 1.21-3.86), principalmente entre aqueles que não estudavam integralmente (OR: 3.10; IC 95%: 1.37-7.02) e os de menor rendimento econômico (OR: 3.09; IC 95%: 1.34-7.16). Conclusão: Foram identificadas evidências inconsistentes entre a associação do ambiente alimentar e consumo na revisão conduzida, provavelmente pela limitada qualidade metodológica dos estudos, denotando a necessidade de avaliações mais robustas. No estudo transversal, houve maior chance de consumo de ultraprocessados entre os escolares residentes em locais com predominância de estabelecimentos de venda desses alimentos. Não estudar em tempo integral e pertencer as famílias de menor rendimento econômico aumentou a associação ambiente e consumo alimentar. Assim, são necessárias intervenções e políticas públicas para ampliar o acesso a estabelecimentos de venda de alimentos saudáveis em detrimento a locais de comércio de ultraprocessados, sobretudo em regiões mais vulneráveis, além da valorização do turno escolar estendido.


The food environment can influence the choices of children and adolescents with a potential impact on food consumption. In the residential environment, the access and type of the food outlets might be one of the factors associated with unhealthy eating habits in this public. Objective: To evaluate the association between the residential community food environment and the consumption of ultra-processed foods among students in a Brazilian metropolis. Methods: A systematic review was conducted with the search for articles published between 2008 and 2018 in the PubMed, Scopus and BVS databases. Additionally, a cross- sectional study was carried out with students (n = 708) aged 9 to 10 years from municipal schools in Belo Horizonte / MG. Socioeconomic information was obtained via telephone through a questionnaire with parents. Two 24-hour recalls were applied to the children and the consumption of ultra-processed foods was considered excessive when ≥ 80th percentile of the distribution. The objective measures of the community environment were density and proximity to food outlets that sells predominantly fresh or minimally processed (MP) food, predominantly selling ultra-processed (UP) and mixed foods. Additionally, the index of predominant UP and MP sales outlets was assessed. The geographical unit chosen was the Euclidean buffer of 1000 meters in the child's residential surroundings. Results: In the review, 17 studies were identified, the majority (94%) carried out in developed countries and published between 2011 and 2018 (86%). More than 80% of the studies showed two to three failures indicating limited methodological quality. The geographic information system was the predominant method to characterize the environment (94%) and almost all publications used secondary data from the environment (n = 16). Most studies (86.4%) found zero associations between the food environment and consumption and some found associations that were inverse to what was expected. Indexes that jointly assessed food outlets and food consumption showed more consistent results than isolated measures. In the cross-sectional study, it was found that children who lived in places with a predominance of ultra-processed selling establishments had a higher chance of consuming these foods (OR: 2.16; 95% CI: 1.21- 3.86), especially among those who did not study full time (OR: 3.10; 95% CI: 1.37-7.02) and those with lower economic income (OR: 3.09; 95% CI: 1.34-7.16). Conclusion: Inconsistent evidence was identified between the association of the food environment and consumption in the review conducted, probably due to the limited methodological quality of the studies, denoting the need for more robust assessments. In the cross-sectional study, there was a greater chance of consuming ultra-processed foods among schoolchildren living in places with a predominance of establishments selling these foods. Not studying full-time and belonging to low-income families increased the association between environment and food consumption. Thus, public policies and interventions are needed to expand access to establishments selling healthy food to the detriment of ultra-processed retail locations, especially in the most vulnerable regions, besides the appreciation of the school shift.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child, Preschool , Child , Students , Eating , Industrialized Foods , Feeding Behavior
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