ABSTRACT
Objetivando analisar os resultados do protocolo cirúrgico de esplenecatomia e ligadura da veia gástrica esquerda associado à esplenose por auto-implante esplênico, em bolsa, no omento maior, utilizado nos últimos dez anos, em 63 crianças e adolescentes portadores de esquistossomose mansônica hepato-esplênica e varizes sangrentas do esôfago, foram avaliadas 40 pacientes que apresentavam um seguimento médio de cinco anos. Os resultados evidenciam: mortalidade cirúrgica de 1,6por cento, considerada aceitável; mortalidade tardia de 2,5por cento e recidiva hemorrágica de 10por cento, para os pacientes com seguimento médio de cinco anos, respectivamente, menor e similar a de adultos submetidos a esplenectomia e ligadura interna das varizes do esôfago; melhora do padrão endoscópico das varizes esofageanas e da gastropatia por hipertensão porta; cura dos casos de hiperesplenismo, melhora dos canais de crescimento de peso e altura; e estabilização da reserva funcional hepática. A esplenose resultante do auto-implante esplênico tem se mostrado efetiva na proteção dos pacientes contra septicemia fulminante pós-essplenectomia