ABSTRACT
Objetivo: Avaliar as características dos recém-nascidos examinados no berçário da Maternidade de Campinas (SP), no período de janeiro a dezembro de 2001, e propor um novo protocolo de avaliação oftalmólogica. Local: Berçário da Maternidade de Campinas. Método: Estudo prospectivo que inclui todas as avaliações oftalmológicas realizadas, utilizando-se o protocolo em vigor desde 1999. Foram incluídos no programa de triagem para retinopatia da prematuridade e examinados entre a 4ª e a 6ª semanas de vida, todos os RN menores de 34 semanas e/ou 2.000g ao nascimento. Além disso, também foram avaliados RN com suspeita de toxoplasmose congênita, afecções oculares primárias e outras indicações, a critério do pediatra. Resultados: Em um total de 9.314 nascidos vivos, neste período, foram avaliados 160 RN, sendo que 98 deles (61,25 por cento) foram incluídos no programa de rastreamento de retinopatia da prematuridade. Destes, 14 apresentaram a doença em vários estágios. Oito apresentaram a doença em estágio I e 2 em estágio II, com involução espontânea. Quatro apresentaram a doença em estágio III, sendo que dois deles apresentaram a forma limiar, sendo submetidos a crioterapia, e dois regrediram sem tratamento. Nenhum evoluiu para estágio IV e V. Os outros 62 exames foram para avaliar diversas patologias, oculares ou não, incluindo a elucidação diagnóstica de doenças sistêmicas. Conclusão: Diante do grande número de crianças avaliadas para pesquisa de retinopatia da prematuridade com exame normal, optamos por limitar o rastreamento nos menores de 1.500 g e/ou 32 semanas ao nascimento. Também foi introduzida a obrigatoriedade de avaliação de todas as suspeitas de infecção congênita, síndromes genéticas em investigação e afecções oculares primárias.