ABSTRACT
O presente trabalho é a conclusäo de um estudo prospectivo iniciado em 1988 sobre a frequência dos pacientes comparada nos diagnósticos. Em 1988 identificaram-se 14 por cento de altas médicas, 21 por cento de permanências e 64 por cento de ausências há mais de seis meses; o número de pacientes esquizofrênicos era significativamente maior do que os dos demais diagnósticos, para cinco consultas, e a esquizofrenia e o alcoolismo mostravam maior permanência até cinco consultas. Esses achados determinaram a elaboraçäo de programas específicos: estabelecer objetivos por prazos e de planejar o tratamento sobre o quadro clínico. Em 1990, achou-se 22 por cento de altas, 10 por cento de permanências e 88 por cento de ausências e um número maior de pacientes com histeria em relaçäo aos demais, para seis consultas, com significaçäo estatística; a esquizofrenia e a histeria säo os diagnósticos com maior número de pacientes por consulta. A análise da variância H com relaçäo à influência do diagnóstico sobre o número de pacientes por consulta evidenciou que a diferença é significativa para 1988 mas näo é para 1990. Esses achados säo discutidos e algumas conclusöes säo apresentadas: 1- o programa de modificaçäo no atendimento influiu positivamente no surgimento de um novo perfil de frequência por diagnóstico; 2- diagnósticos näo muito claros tendem a produzir mais abandono