ABSTRACT
RESUMO Objetivo. Calcular o indicador de consumo de álcool per capita (APC) para o Brasil utilizando dados nacionais (APC Brasil), com vistas a estabelecê-lo como padrão ouro para o país em substituição ao indicador anteriormente calculado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com base em dados internacionais. Métodos. Foram selecionadas, no Brasil, as fontes públicas de dados necessárias para a composição do cálculo do APC registrado e definida a concentração alcoólica por categoria de bebida. Para as variáveis APC turista e APC não registrado, indisponíveis no Brasil, foram usadas as estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) e da OMS. O indicador APC Brasil foi calculado e comparado ao indicador produzido pela OMS por meio de análise das medianas para o período de 2005 a 2020. Resultados. O indicador de consumo de álcool nacional foi de 9,2 litros per capita em 2005, chegando a 9,8 em 2020. Já o indicador da OMS mostrou, para 2005, um consumo de 8,4 litros per capita, com queda até 2016 e leve aumento para 7,8 em 2020. Conclusão. O APC Brasil foi calculado com base em fontes nacionais e mostrou tendência distinta em relação ao indicador da OMS, que se mostrou em queda. A disponibilização transparente e regular desse indicador por canais governamentais permitirá o seu monitoramento, possibilitando a elaboração de políticas para o enfrentamento do consumo do álcool no país.
ABSTRACT Objective. To calculate the alcohol per capita consumption (APC) in Brazil (Brazil APC) using national data and to establish the Brazil APC as gold standard for the country, replacing the indicator previously calculated by the World Health Organization (WHO) based on international data. Method. The Brazilian public data sources necessary for calculating the recorded APC were selected, and the alcohol concentration was defined by beverage category. For the variables of tourist APC and unrecorded APC, which are unavailable in Brazil, estimates from the United Nations (UN) and the WHO were used. The Brazil APC indicator was calculated and compared to the indicator produced by the WHO through analysis of the medians obtained for the period from 2005 to 2020. Results. The national alcohol consumption indicator was 9.2 liters per capita in 2005, reaching 9.8 in 2020. The WHO indicator showed a consumption of 8.4 liters per capita in 2005, decreasing until 2016 and slightly increasing to 7.8 in 2020. Conclusion. The Brazil APC was calculated based on national sources and showed a distinct trend compared to the WHO indicator, which showed a decrease. The regular and transparent provision of this indicator through government channels will support the development of policies to address alcohol consumption in the country.
RESUMEN Objetivo. Calcular el indicador del consumo de alcohol per cápita en Brasil a partir de datos nacionales, con miras a establecerlo como patrón de referencia para el país en sustitución del indicador calculado anteriormente por la Organización Mundial de la Salud a partir de datos internacionales. Métodos. Se seleccionaron las fuentes públicas de datos de Brasil necesarias para estructurar el cálculo del consumo de alcohol per cápita registrado y se definió la concentración de alcohol por clase de bebida. Para las variables de consumo de alcohol per cápita por parte de turistas y consumo per cápita no registrado, que no están disponibles en Brasil, se utilizaron estimaciones de las Naciones Unidas y de la Organización Mundial de la Salud. Se calculó el indicador del consumo de alcohol per cápita en Brasil y se comparó con el indicador elaborado por la OMS mediante un análisis de las medianas correspondientes al período 2005-2020. Resultados. El indicador nacional del consumo de alcohol fue de 9,2 litros per cápita en el 2005, con un aumento a 9,8 en el 2020. El indicador de la Organización Mundial de la Salud mostró un consumo de 8,4 litros per cápita en el 2005, con una reducción hasta el 2016 y un leve aumento a 7,8 en el 2020. Conclusión. Se calculó el consumo de alcohol per cápita en Brasil a partir de fuentes nacionales, lo que mostró una tendencia distinta de la tendencia descendente del indicador de la Organización Mundial de la Salud. La disponibilidad transparente y regular de este indicador por medio de los canales gubernamentales permitirá su seguimiento, con lo cual se podrán formular políticas para enfrentar el consumo de alcohol en el país.
ABSTRACT
Resumo Foram analisadas tendências da mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) entre 1990 e 2019, as projeções até 2030 e os fatores de risco atribuíveis a estas doenças na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Utilizou-se estimativas do estudo Carga Global de Doenças e análise da carga de mortalidade prematura por DCNT para nove países da CPLP, utilizando taxas padronizadas por idade, usando-se RStudio. Portugal, Brasil, Guiné Equatorial, Angola e Guiné Bissau apresentam taxas de mortalidade prematura por DCNT em declínio e; Timor Leste, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Moçambique apresentaram aumento das taxas. As projeções indicam que nenhum dos países deverá atingir as metas de redução em um terço da mortalidade prematura por DCNT até 2030. A carga de doença atribuível mostrou que os fatores de riscos mais importantes em 2019 foram: pressão arterial sistólica elevada, tabaco, riscos dietéticos, índice de massa corporal elevado e poluição do ar. Conclui-se pelas profundas diferenças na carga de DCNT entre os países, com melhores resultados em Portugal e Brasil e que nenhum país do CPLP deverá atingir a meta de redução das DCNT até 2030.
Abstract The present study analyzed trends in premature mortality from Noncommunicable diseases (NCDs) between 1990 and 2019, the projections up to 2030, and the risk factors (RFs) attributable to these diseases in the Community of Portuguese Language Countries (CPLP). Estimates from the Global Burden of Disease (GBD) study and the analysis of the burden of premature mortality due to NCDs were used for nine CPLP countries, applying age-standardized rates, using RStudio. Portugal, Brazil, Equatorial Guinea, Angola, and Guinea Bissau showed declining premature mortality rates caused by NCDs, while East Timor, Cape Verde, São Tomé and Príncipe, and Mozambique showed an increase in rates. Projections indicate that none of the countries is expected to achieve the goals of reducing premature mortality due to NCDs by one third by 2030. The attributable burden of disease showed that the most important RFs in 2019 were: high systolic blood pressure (SBP), tobacco, dietary risks, high body mass index (BMI), and air pollution. It can therefore be concluded that there are profound differences in the burden of NCDs among the countries, with better results in Portugal and Brazil, and that no CPLP country is likely to reach the NCD reduction target by 2030.
ABSTRACT
RESUMO Objetivo: analisar os indicadores de consumo e exposição a bebidas alcoólicas entre escolares brasileiros em 2019 e compará-los aos de 2015. Método: estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizadas em 2015 e 2019. Em 2019, analisaram-se os indicadores referentes ao consumo e à exposição a bebidas alcoólicas, estratificadas por sexo, faixa etária, dependência administrativa, unidades da federação e região geográfica. Estimou-se as prevalências e os respectivos intervalos de 95% de confiança (IC 95%). Resultados: houve aumento na experimentação de bebidas alcoólicas antes de 13 anos (30,6% em 2015 para 34,6% em 2019); sofrer embriaguez na vida (27,2% em 2015 para 47,0% em 2019) e ter problemas com amigos devido ao consumo de bebidas alcóolicas (9,3% em 2015 para 15,7% em 2019). Todos os indicadores foram mais prevalentes entre meninas, exceto beber em binge e episódios de embriagues, que não tiveram diferenças entre os sexos, bem como foram mais elevadas entre estudantes mais velhos. Os episódios de embriaguez e ter amigos que ingerem bebida alcoólica foram mais prevalentes entre escolares de escolas públicas, enquanto o consumo de bebidas alcoólicas pelos pais e ter tido problemas com suas famílias ou amigos devido ao consumo de bebidas alcoólicas foram mais elevados em estudantes de escolas privadas. Conclusão: evidenciaram-se elevadas prevalências de experimentação, consumo e exposição a bebidas alcoólicas, mostrando que grande parcela dos adolescentes brasileiros se encontra exposta a uma carga evitável de morbimortalidade decorrente do consumo e exposição ao álcool.
RESUMEN Objetivo: analizar los indicadores de consumo y exposición a bebidas alcohólicas entre los estudiantes brasileños en 2019 y compararlos con los de 2015. Método: estudio transversal con datos de la Encuesta Nacional de Salud Escolar (PeNSE), realizada en 2015 y 2019. En 2019 se analizaron los indicadores referidos al consumo y exposición a bebidas alcohólicas estratificados por sexo, grupo de edad, dependencia administrativa, unidades federativas y región geográfica. Se estimó la prevalencia y los respectivos intervalos de confianza del 95% (IC 95%). Resultados: aumenta la experimentación con bebidas alcohólicas antes de los 13 años (30,6% en 2015 a 34,6% en 2019); sufrir borracheras en la vida (27,2% en 2015 a 47,0% en 2019) y tener problemas con los amigos por el consumo de alcohol (9,3% en 2015 a 15,7% en 2019). Todos los indicadores eran más frecuentes entre las chicas, excepto el consumo compulsivo de alcohol y los episodios de embriaguez, que no presentaban diferencias de género, además de ser más elevados entre los estudiantes de mayor edad. Los episodios de consumo de alcohol y el hecho de tener amigos que beben bebidas alcohólicas fueron más frecuentes entre los estudiantes de la escuela pública, mientras que el consumo de alcohol por parte de los padres y el hecho de haber tenido problemas con sus familias o amigos debido al consumo de alcohol fueron mayores en los estudiantes de las escuelas privadas. Conclusión: se evidenció una alta prevalencia de experimentación, consumo y exposición a bebidas alcohólicas, mostrando que una gran parte de los adolescentes brasileños está expuesta a una carga evitable de morbilidad y mortalidad resultante del consumo y exposición al alcohol.
ABSTRACT Objective: to analyze the indicators regarding consumption of and exposure to alcoholic beverages among Brazilian schoolchildren in 2018 and compare them to those from 2015. Method: a cross-sectional study conducted with data from the 2015 and 2019 National School Health Survey (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, PeNSE). In 2019, the indicators referring to consumption of and exposure to alcoholic beverages were analyzed, stratified by gender, age group, administrative system, Federation Unit, and geographical region. The prevalence values and their respective 95 confidence intervals (95% CIs) were estimated. Results: there was an increase in trying alcoholic beverages before the age of 13 (from 30.6% in 2015 to 34.6% in 2019); being drunk in their lifetime (from 27.2% in 2015 to 47.0% in 2019) and having problems with friends due to alcohol consumption (from 9.3% in 2015 to 15.7% in 2019). All the indicators were more prevalent among the girls, except for binge drinking and drunkenness episodes, which presented no differences between the genders and were also higher among older students Episodes of drunkenness and having friends who drink alcohol were more prevalent among students from public schools, while consumption of alcoholic beverages by parents and having had problems with their families or friends due to alcohol consumption were higher in students from private schools. Conclusion: high prevalence of experimentation, consumption and exposure to alcoholic beverages was evidenced, showing that a large number of Brazilian adolescents are exposed to an avoidable burden of morbidity and mortality resulting from consumption of and exposure to alcohol.
Subject(s)
Humans , Adolescent , Alcohol Drinking/prevention & control , Adolescent Health , Alcoholic Beverages/adverse effects , Underage Drinking/statistics & numerical data , Socioeconomic Factors , Brazil , Cross-Sectional Studies , Health SurveysABSTRACT
RESUMO: Objetivo: Descrever a prevalência de indicadores do tabagismo entre escolares brasileiros segundo características sociodemográficas em 2019 e comparar as prevalências entre 2015 e 2019. Métodos: Utilizaram-se dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015 e 2019. Foram analisados os indicadores referentes ao uso do tabaco, que foram comparados entre as edições de 2015 e 2019. Foram calculadas as prevalências e os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) para a população total e segundo sexo, faixa etária e tipo de escola. Resultados: Dos escolares, 22,6% (IC95% 21,7-23,4) já experimentaram cigarro alguma vez, porcentagem mais elevada entre os de 16 a 17 anos de idade (32,6%; IC95% 31,4-33,8) e no sexo masculino (35,0%; IC95% 33,6-36,4). A experimentação de narguilé, cigarro eletrônico e outros produtos do tabaco também se mostra elevada, com 26,9% (IC95% 26,0-27,8), 16,8% (IC95% 16,2-17,4) e 9,3% (IC95% 8,8-9,8), respectivamente, sendo mais alta entre os escolares do sexo masculino de 16 a 17 anos. Destaca-se que não houve mudanças nos indicadores "experimentação do cigarro", "fumar pela primeira vez antes dos 13 anos", "fumar nos 30 dias anteriores à pesquisa" e "ter ao menos um dos pais fumantes" entre os anos indicados. Conclusão: Embora os indicadores de tabaco fumado estejam estáveis entre 2015 e 2019, destacam-se as elevadas prevalências de experimentação de produtos como narguilé e cigarro eletrônico, que chamam a atenção para a necessidade de novas medidas regulatórias.
ABSTRACT: Objective: To describe the prevalence of smoking indicators among Brazilian students according to sociodemographic characteristics in 2019, and compare the prevalence between 2015 and 2019. Methods: Data from the National Survey of School Health 2015 and 2019 were used. Indicators related to tobacco use were analyzed. Indicators were compared between the 2015 and 2019 editions. Prevalence and respective 95% Confidence Interval (95%IC) were calculated for the total population and according to sex, age group and type of school. Results: 22.6% (95%CI 21.7-23.4) of the students had tried any cigarette and it was higher between 16 and 17 years of age (32.6%; 95% CI 31.4-33, 8) and in males (35.0%; 95%CI 33.6-36.4). The experimentation of hookah, electronic cigarette and other tobacco products are also high, with 26.9% (95%CI 26.0-27.8), 16.8% (95%CI 16.2-17.4) and 9.3% (95%CI 8.8-9.8), respectively, being higher among boys aged 16 to 17 years. It is noteworthy that there were no changes in the indicators of cigarette experimentation, smoking for the first time before the age of 13, smoking in the 30 days prior to the survey, and at least one of the smoking parents. Conclusion: Although smoked tobacco indicators are stable between 2015 and 2019, the high prevalence of experimentation with products such as hookah and electronic cigarettes is highlighted, drawing attention to the need for new regulatory measures.
ABSTRACT
Objetivo: Descrever os indicadores de abandono do uso de tabaco, em 2013 e 2019, para o Brasil e as Unidades da Federação, segundo variáveis sociodemográficas, coletadas na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Métodos: Estudo transversal, populacional e descritivo realizado com dados da PNS 2013 e 2019, uma pesquisa domiciliar coletada por entrevistadores treinados. Foram calculadas a prevalência de ex-fumantes e a proporção de fumantes que tentaram parar de fumar nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data da entrevista, e os respectivos intervalos de confiança (IC95%), segundo as variáveis sociodemográficas. Ademais, calculou-se a variação percentual entre os anos estudados. Resultados: Em 2013, a prevalência de ex-fumantes foi 17,5% (IC95% 16,9;18,0) e, em 2019, 26,6% (IC95% 26,1;27,2). Tentaram parar de fumar 51,1% (IC95% 49,3;52,9), em 2013, e 46,6% (IC95% 45,0;48,3) em 2019. Conclusão: É importante o fortalecimento e manutenção de estratégias para enfrentamento do uso de tabaco no país, de forma a aumentar a disposição e a capacidade do fumante atual de parar de fumar.
Objetivo: Describir los indicadores de abandono del hábito tabáquico en 2013 y 2019 para Brasil y Unidades Federadas, según variables sociodemográficas, recogidas en la Encuesta Nacional de Salud (PNS). Métodos: Estudio transversal, poblacional y descriptivo con datos de las PNS, 2013 y 2019, una encuesta de hogares recolectada por entrevistadores capacitados. Se calculó la prevalencia de exfumadores y proporción de fumadores que intentaron dejar de fumar en los últimos 12 meses y respectivos intervalos de confianza (IC95%), según variables sociodemográficas. Además, se calculó la variación porcentual entre los años. Resultados: En 2013, la prevalencia de exfumadores fue de 17,5% (IC95% 16,9;18,0), en 2019, 26,6% (IC95% 26,1;27,2). En 2013, el 51,1% intentó dejar de fumar (IC95% 49,3;52,9), y, en 2019, el 46,6% (IC95% 45,0;48,3). Conclusión: Es importante fortalecer y mantener las estrategias de afrontamiento del tabaquismo, para incrementar la disposición y capacidad del fumador actual para dejar de fumar.
Objective: To describe the indicators of smoking cessation in 2013 and 2019 for Brazil and federative units, according to sociodemographic variables, collected in the National Health Survey (PNS). Methods: Cross-sectional, population-based and descriptive study with data from the 2013 and 2019 PNS, a household survey collected by trained interviewers. The prevalence of ex-smokers and the proportion of smokers who tried to quit smoking in the 12 months prior to the interview, and respective confidence intervals (95%CI) were calculated, according to sociodemographic variables. Additionally, the percentage variation between the years was calculated. Results: In 2013, the prevalence of ex-smokers was 17.5% (95%CI 16.9;18.0) and, in 2019, 26.6% (95%CI 26.1;27.2). In 2013, 51.1% tried to quit smoking (95%CI 49.3;52.9) and, in 2019, 46.6% (95%CI 45.0;48.3). Conclusion: It is important to strengthen and maintain strategies for coping with tobacco use in Brazil, to increase the current smoker's willingness and ability to quit smoking.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Tobacco Use Disorder/epidemiology , Smoking Cessation/statistics & numerical data , Ex-Smokers/statistics & numerical data , Brazil/epidemiology , Health SurveysABSTRACT
Objetivo: Descrever a prevalência do consumo abusivo de bebidas alcoólicas na população adulta brasileira, segundo características sociodemográficas, em 2013 e 2019. Métodos: Estudo transversal, utilizando dados do consumo abusivo de álcool entre adultos ((≥ 18 anos) da Pesquisa Nacional de Saúde, analisados descritivamente. Resultados: Foram incluídos 60.202 participantes em 2013 e 88.531 em 2019. A prevalência de consumo abusivo de bebidas alcoólicas, em 2019 (17,1%; IC95% 16,6;17,5), foi superior a 2013 (13,1%; IC95% 13,1;14,2). Nos dois anos, verificaram-se maiores prevalências entre o sexo masculino, os adultos de 18 a 39 anos, indivíduos com alta escolaridade, residentes em áreas urbanas e nas regiões Centro-Oeste e Sudeste e de raça/cor da pele preta. Conclusão: O indicativo da crescente prevalência do consumo abusivo de bebidas alcoólicas no Brasil e as diferenças nas prevalências, segundo características sociodemográficas, evidenciam a necessidade de incentivo a políticas públicas e ações de enfrentamento ao seu uso.
Objetivo: Describir la prevalencia del consumo excesivo de alcohol en la población adulta brasileña, según características sociodemográficas, en 2013 y en 2019. Métodos: Estudio transversal utilizando datos sobre abuso de alcohol en adultos ((≥ 18 años) de la Encuesta Nacional de Salud, analizados de forma descriptiva. Resultados: Se incluyeron 60,202 participantes en 2013 y 88.531 en 2019. La prevalencia del consumo excesivo de alcohol, en 2019 (17,1%; IC95% 16,6;17,5), fue mayor que en 2013 (13,1%; IC95% 13,1;14,2). En los dos años, hubo mayor prevalencia entre lo sexo masculino, adultos de 18 y 39 años, personas con estudios secundarios y de piel negra. Además, se encontraron prevalencias más altas entre los residentes en áreas urbanas y en las regiones del Medio Oeste y Sudeste. Conclusión: El indicio de la creciente prevalencia del abuso de alcohol en Brasil y las diferencias, según características sociodemográficas, muestran la necesidad de impulsar políticas públicas y acciones para combatir su uso.
Objective: To describe the prevalence of heavy episodic drinking in the Brazilian adult population, according to sociodemographic characteristics, in 2013 and in 2019. Methods: A cross-sectional study using data on heavy episodic drinking among adults ((≥ 18 years) from the National Health Survey, analyzed descriptively. Results: 60,202 participants were included in 2013 and 88,531 in 2019. The prevalence of heavy episodic drinking, in 2019 (17.1%; 95%CI 16.6;17.5), was higher than 2013 (13.1%; 95%CI 13.1;14.2). In the two years, there was a higher prevalence among male sex, adults 18 to 39 years old, individuals with high schooling and Black skin color. In addition, higher prevalence were found among residents in urban areas and in the Midwest and Southeast regions. Conclusion: The indication of the growing prevalence of alcohol abuse in Brazil and the differences in prevalence, according to sociodemographic characteristics, show the need to encourage public policies and actions to combat its use.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Alcohol Drinking/epidemiology , Binge Drinking/epidemiology , Health Risk Behaviors , Brazil/epidemiology , Health Surveys , Health Research AgendaABSTRACT
ABSTRACT Objective: To compare indicators of tobacco use, secondhand smoke, cessation and exposure to pro- and anti-tobacco media in 2013 and 2019, and to describe these indicators according to sociodemographic variables in 2019. Methods: Cross-sectional study with data from the National Health Survey. The indicators of use, secondhand smoke, cessation and exposure to tobacco-related media were evaluated. Prevalence and confidence intervals (95%CI) were estimated for the total population in 2013 and 2019 and according to sociodemographic variables for 2019. Poisson regression with robust variance was used to assess differences in prevalence. Results: There was an improvement in most of the indicators studied: an increase in ex-smokers, a reduction in secondhand smoke and attempts to quit smoking. All pro- and anti-tobacco media exposure indicators declined. When considering the prevalence according to sociodemographic characteristics in 2019, 43.8% (95%CI 41.6-46.0) of men tried to quit smoking, and 50.8% (95%CI 48.5-53.2) of women. Secondhand smoke at home was higher among women (10.2%; 95%CI 9.7-10.8). Among those who thought about quitting smoking because of warnings, the proportion was higher among women (48.0%; 95%CI 45.3-50.6). Tobacco use was higher among men (43.8%; 95%CI 41.6-46.0), in the population aged 40 to 59 years (14.9%; 95%CI 14.2-15.6), with a lower level of education (17.6%; 95%CI 16.8-18.4). Conclusion: The study showed improvement in tobacco-related indicators between the years studied. It is noteworthy that this advance was smaller in relation to the other periods previously analyzed, and therefore, greater investments in public policies to combat and control smoking in Brazil are necessary.
RESUMO: Objetivo: Comparar indicadores de uso do tabaco, fumo passivo, cessação e exposição à mídia pró e antitabaco em 2013 e 2019 e descrever esses indicadores segundo variáveis sociodemográficas em 2019. Métodos: Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde. Avaliaram-se os indicadores de uso, fumo passivo, cessação e exposição à mídia relacionada ao tabaco. Estimaram-se as prevalências e intervalos de confiança (IC95%) para a população total em 2013 e 2019 e segundo variáveis sociodemográficas para 2019. Para avaliar diferenças nas prevalências, usou-se a regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: Houve melhoria dos indicadores de uso do tabaco; aumento de ex-fumantes e redução do fumo passivo e da tentativa de parar de fumar. Todos os indicadores de exposição à mídia pró e contra o tabaco diminuíram. Ao se considerarem as prevalências segundo características sociodemográficas em 2019, 43,8% (IC95% 41,6-46,0) dos homens e 50,8% (IC95% 48,5-53,2) das mulheres tentaram parar de fumar. O fumo passivo no domicílio foi maior nas mulheres (10,2%; IC95% 9,7-10,8). Entre os que pensaram em parar de fumar por causa das advertências, a proporção foi maior nas mulheres (48,0%; IC95% 45,3-50,6). O uso do tabaco foi mais elevado nos homens (43,8%; IC95% 41,6-46,0), na população de 40-59 anos (14,9%; IC95% 14,2-15,6) e naquela com menor nível de instrução (17,6%; IC95% 16,8-18,4). Conclusão: O estudo mostrou melhoria dos indicadores relacionados ao tabaco entre os anos estudados. Ressalta-se que esse avanço foi menor em relação a outros períodos analisados previamente, e, portanto, torna-se necessário maiores investimentos em políticas públicas de enfrentamento e controle do tabagismo no Brasil.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Tobacco Smoke Pollution , Nicotiana , Brazil , Cross-Sectional Studies , Health Surveys , Tobacco UseABSTRACT
O estudo visa a analisar o tema das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e o papel das ações intersetoriais no enfrentamento destas doenças. Trata-se de estudo de revisão narrativa realizado por meio de buscas na base Medline, Pubmed e Lilacs, e documentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Panamericana da Saúde (OPAS) e do Governo Brasileiro. A articulação entre o tema da intersetorialidade e DCNT é revisada nas Conferências e Agendas Globais de Promoção da Saúde; bem como o papel de outros setores em relação às intervenções efetivas em DCNT. São apresentadas algumas experiências de iniciativas intersetoriais no enfrentamento das DCNT. Conclui-se que a implementação das ações intersetoriais em articulação com políticas setoriais de saúde no enfrentamento das DCNT passa por prioridade política, envolvendo ações coordenadas, fóruns de negociação, planejamento integrado e garantia de financiamento. Deve-se buscar a participação efetiva dos diversos atores sociais no processo de advocacy, monitoramento e prestação de contas, aliados aos processos de capacitação de gestores e trabalhadores, o que conferirá sustentabilidade aos processos sociais e às mudanças pretendidas. Parcerias intersetoriais são fundamentais.
The study seeks to analyze the topic of Chronic Non Communicable Diseases (NCDs) and the role of intersectorial actions in tackling these diseases. It involved a narrative review through searches on Medline, Pubmed and Lilacs databases, and documents from the World Health Organization (WHO), the Pan American Health Organization (PAHO) and the Brazilian government. The link between the theme of intersectoriality and NCD is reviewed in the Global Conferences and Agendas on Health Promotion, and the role of other sectors in relation to effective interventions for NCDs. Some experiences of intersectorial activities for tackling NCDs are presented. The conclusion drawn is that the implementation of intersectorial action in conjunction with sectorial health policies in tackling NCDs has become a political priority, involving coordinated actions, negotiations forums, integrated planning and sustainable funding. It is necessary to seek the active participation of social actors in the advocacy, monitoring and accountability process, coupled with training processes for managers and other professionals, which will give sustainability to the social processes and required changes. Intersectorial partnerships are fundamental.
Subject(s)
Humans , Chronic Disease/prevention & control , Brazil , Health Policy , Health PromotionABSTRACT
OBJECTIVE: To describe the prevalence of alcohol consumption among Brazilian students and identify the sociodemographic factors associated alcohol consumption in the last 30 days. METHODS: Cross-sectional study with a cluster sample of 109,104 9th grade students in Brazilian public and private schools in 2012. The prevalence and 95% confidence intervals of the indicators of alcohol consumption were analyzed. RESULTS: Of the students analyzed, 50.3% (95%CI 49.0 - 51.6) experimented one dose of alcoholic beverages or more. The consumption of alcohol in the last 30 days was 26.1% (95%CI 24.5 - 27.7), and there was no difference in prevalence between students from public and private schools. Drunkenness episodes were reported by 21.8% (95%CI 21.1 - 22.5) of the students. The perception of students about the negative reaction of their family if they came home drunk occurred in 89,7% (95%CI 89,6 - 89,9) of cases, and 10% (95%CI 8.9 - 11.1) of them reported having problems with their families or friends because they had been drinking. Among adolescents aged less than 14 years old, the first alcoholic drink intake was predominantly at 12 to 13 years old. The most common way to get a drink was at parties, with friends, buying in them in supermarkets, stores or bars and at home. The consumption of alcohol in the last 30 days was less frequent among boys, increasing with age. CONCLUSION: The study demonstrates the extension of alcohol as a problem, making it important to advance in measures such as the improvement of protective legislation for children and adolescents and stricter enforcement in alcohol sales. .
OBJETIVO: Descrever a prevalência do consumo de álcool entre escolares brasileiros e verificar os fatores sociodemográficos associados ao consumo nos últimos 30 dias. METODOLOGIA: Estudo transversal com amostra de conglomerados de 109.104 estudantes do 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas do Brasil em 2012. Foram analisadas as prevalências e intervalos de confiança de 95% de indicadores do consumo de álcool. RESULTADOS: Experimentaram uma dose ou mais de bebidas 50,3% (IC95% 49,0 - 51,6) dos escolares. O consumo de bebida alcoólica nos últimos 30 dias foi de 26,1% (IC95% 24,5 - 27,7), e alunos de escola privada e pública não diferiram nas prevalências. Episódios de embriaguez foram relatados por 21,8% (IC95% 21,1 - 22,5) dos alunos. A percepção dos escolares sobre a reação negativa de sua família caso eles chegassem em casa bêbados ocorreu em 89,7% (95%CI 89,6 - 89,9) dos casos; 10% (IC95% 8,9 - 11,1) dos estudantes relataram ter tido problemas com suas famílias ou amigos devido a bebida. Entre adolescentes com idade igual ou superior a 14 anos, a primeira dose de bebida alcoólica ocorreu de forma mais frequente entre 12 a 13 anos. As formas mais comuns de obter bebidas foram em festas, junto aos amigos, comprando no mercado, bar ou supermercado e em casa. O consumo de bebida alcoólica nos últimos 30 dias foi menos frequente entre meninos, aumentando com a idade. CONCLUSÃO: O estudo demonstra a extensão do problema do álcool, tornando-se importante avançar em ações como o aperfeiçoamento das medidas legislativas protetoras e maior rigor na fiscalização das vendas de bebidas para adolescentes. .
Subject(s)
Adolescent , Child , Female , Humans , Male , Alcohol Drinking/epidemiology , Brazil/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Health Surveys , Prevalence , Schools , Socioeconomic Factors , Surveys and QuestionnairesABSTRACT
O objetivo deste estudo foi descrever as situações relacionadas à saúde sexual dos adolescentes, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Trata-se de um estudo transversal, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, que envolveu 60.973 escolares e 1.453 escolas públicas e privadas. A análise dos dados aponta que 30,5 por cento (IC95 por cento 29,9-31,2) dos adolescentes já tiveram relação sexual alguma vez na vida, sendo mais frequente em meninos (43,7 por cento; IC95 por cento 42,7-44,7) do que em meninas (18,7 por cento; IC95 por cento 18,0-19,4), naqueles que estudam em escola pública (33,1 por cento; IC95 por cento 32,4-33,9), com idade acima de 15 anos (47,3 por cento; IC95 por cento 45,7-48,9) e aos 16 anos (63,5 por cento; IC95 por cento 61,5-65,4). A idade de iniciação sexual foi precoce e 40,1 por cento dos adolescentes (IC95 por cento 38,8-41,4) relataram ter tido um único parceiro na vida. O uso do preservativo na ultima relação sexual foi elevado tanto para proteção (75,9 por cento; IC95 por cento 74,8-76,9), como também para método contraceptivo na última relação sexual (74,7 por cento; IC95 por cento 73,6-75,7). Torna-se necessário enfatizar ações de promoção à saúde sexual voltadas aos adolescentes, visando minimizar vulnerabilidades.
The objective of this study was to describe situations related to sexual health of adolescents, according to the National Survey of School Health (PeNSE). It is a cross-sectional study performed by the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), in partnership with the Ministry of Health that involved 60,973 students and 1,453 public and private schools. Data analysis points out that 30.5 percent (95 percentCI 29.9-31.2) of the adolescents had already had sexual relations sometime in their lives, being more frequent for males (43.7 percent; 95 percentCI 42.7-44.7) than females (18.7 percent; 95 percentCI 18.0-19.4), especially those who go to public schools (33.1 percent; 95 percentCI 32.4-33.9), aged 15 years or older (47.3 percent; 95 percentCI 45.7-48.9) and 16 years (63.5 percent; 95 percentCI 61,5-65.4). The sexual initiation age was early and 40.1 percent (95 percentCI 38.8-41.4) reported having had only one partner in life. The use of condoms in the last sexual relation was high both for protective (75.9 percent; CI95 percent 74.8-76.9) and contraceptive methods (74.7 percent; 95 percentCI 73.6-75.7). It is necessary to emphasize actions for promoting sexual health towards adolescents in order to minimize vulnerabilities.