Se uma árvore cai numa floresta, e não houver ninguém por perto, ela faz barulho? - Uma antiga questão / If a tree falls in the forest, and there is no one around to hear, does it make a sound? - An old question / Si un árbol cae en un bosque y no hay nadie cerca ¿hace ruido? - Una antigua cuestión / Si un arbre tombe dans une forêt et il n'y a personne aux environs, fait-il du bruit? - Une vieille question

O autor discute a evolução que, na sua visão, a relação entre o sujeito que conhece e o objeto do conhecimento foi sofrendo dentro da história da psicanálise. Privilegia nesta discussão os vértices teórico e clínico

The author writes about his view on the evolution of the relationship between the subject, who knows, and the object of knowledge throughout the history of psychoanalysis. The author gives priority to the theoretical and practical vertexes in his discussion

El autor discute la evolución que, desde su punto de vista, fue sufriendo la relación entre el sujeto que conoce y el objeto de conocimiento dentro de la historia del psicoanálisis. En este trabajo, privilegia los vértices teórico y clínico

L'auteur débat l'évolution qui, à son avis, a subit le rapport entre le sujet qui connait et l'objet de la connaissance, au cours de l'histoire de la psychanalyse. Il privilégie dans cette discussion les côtés théorique et clinique

É preciso ser psicanalista. é preciso? / ¿Es necessario ser psicoanalista? ¿Es esto preciso? / We must be psychoanalysts. is that exact?

O autor, convidado para participar de mesa-redonda sob o título Violações do setting, retoma o conceito original que esse termo tem em psicanálise para, em seguida, desmembrá-lo em suas dimensões: os aspectos formais ligados às condições externas em que a psicanálise se dá e os aspectos ligados ao psiquismo do analista que tem o método psicanalítico incorporado em si. Ao privilegiar esta segunda dimensão, ressalta aspectos ligados à atualidade da clínica e sua relação com o método analítico. A ideia de violação é examinada a partir de alguns fragmentos do cotidiano analítico.

Invitado a participar de la Mesa redonda titulada: Violaciones del Setting, el autor restablece la concepción original de ese concepto. En seguida, lo desmiembra en algunas dimensiones: los aspectos formales relacionados a las condiciones externas donde el psicoanálisis tiene lugar; los aspectos vinculados en el psiquismo del analista que tiene el método psicoanalítico incorporado. Privilegiando esa segunda dimensión, se destacan aspectos relacionados a la actualidad de la práctica clínica y su relación con el método analítico. El autor investiga la idea de violación desde algunos fragmentos de la rutina analítica.

The author, invited to participate in a roundtable discussion entitled Violations of the Setting, returns to the original concept of this term in psychoanalysis, in order to then dissect it into its different dimensions: the formal aspects related to the external conditions whereby psychoanalysis occurs; the aspects related to the psyche of the psychoanalyst who has incorporated the analytic method unto himself. Due to the special attention given to this second dimension, aspects related to the currency of clinical practice are highlighted, along with its relation with the analytic method. The idea of violation is examined through the consideration of some fragments of daily analytic practice.

Transferência e contratransferência / Transference and countertransference

Os autores se propöem a estudar o binômio transferência-contratransferência, enfocando principalmente a última, por ser menos abordada na literatura psicanalítica e por ter sofrido, ultimamente, grandes modificaçöes com conseqüente falta de precisäo. Esta falta se relacionaria ainda com a ausência de uma contraparte fenomênica sensorial para os fenômenos considerados contratransfrenciais; e também com o fato de que nos referimos sempre a uma prática já passada e transformada, näo passível de observaçäo. Após fazerem uma revisäo sumária de autores como Freud, P. Heimann e H. Segal, examinando suas concepçöes de contratransferência, os autores propöem que a mesma equivale à transferência do analista, näo sendo, portanto, um instrumento disponível para ser usado no trabalho analítico - já que está fora do campo da consciência -, mas que está sempre presente. Para que a contratransferência pudesse ser "usada", o analista teria que poder distinguir, entre seus sentimentos, o que teria sido despertado pela presença do analisando - proposta que os autores do trabalho sugerem ser impossível de praticar. Basenando-se no conceito de "réverie" de Bion, sugerem entäo que da capacidade de acolhimento, pensamento e explicitaçäo do analista, é que será possível o trabalho analítico de apreensäo da emoçäo projetada e atuada. Quando näo houver essa capacidade, surgiräo manifestaçöes contratransferenciais, instrumento de defesa da personalidade do analista, atuante nos momentos em que näo pode pensar...

Algumas reflexöes a partir da prática analítica / Some reflections from analytical practice

O autor se utiliza de alguns fragmentos de sessöes analíticas para tentar diferenciar sensaçöes e sentimentos. Relaciona as sensaçöes com os elementos sensoriais e alucinaçöes, e os sentimentos com a ausência de objetos, a passagem da posiçäo esquizoparanóide para a depressiva, e a capacidade para a formaçäo dos símbolos e o pensamento. Ressalta ainda a dificuldade clínica com analisandos, ou momentos nas análises, em que predominam as sensaçöes