Seleção de Trichogramma spp., para o controle de Ecdytolopha aurantiana, com base na biologia e exigências térmicas / Biology and thermal requirements to Trichogramma spp. selection for Ecdytolopha aurantiana control

O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de utilização de Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983 e T. pretiosum Riley, 1879 como agentes de controle de Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927) (Lepidoptera: Tortricidae), importante praga da citricultura paulista. Foram realizados estudos de biologia em diferentes temperaturas, exigências térmicas e capacidade de parasitismo, visando fornecer subsídios a programas de controle biológico com estes parasitóides. A razõo sexual não foi afetada pelas temperaturas estudadas (18, 20, 22, 25, 28, 30 e 32ºC), porém, a longevidade de fêmeas das duas espécies foi maior a 22 e 25ºC. Para a porcentagem de emergência e longevidade de fêmeas, a temperatura que tendeu a ser mais adequada foi a de 25ºC. A duração do período ovo-adulto para as duas espécies foi inversamente relacionada com o aumento da temperatura, sendo as exigências térmicas dessas espécies muito próximas, em torno de 108 GD. O hospedeiro natural, E. aurantiana, ou o alternativo, Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) (Lepidoptera, Pyralidae), nõo afetaram o número de ovos parasitados por fêmea de Trichogramma. Porém, a porcentagem de parasitismo e o número de adultos emergidos por ovo, quando provenientes de ovos de E. aurantiana, foram maiores do que os criados sobre ovos de A. kuehniella. A porcentagem de emergência foi, no entanto, maior quando os parasitóides foram provenientes de ovos de A. kuehniella. As duas espécies de Trichogramma estudadas poderão ser testadas em campo para controle do bicho-furão-dos-citros, havendo uma indicação de que as exigências térmicas também podem servir como um bom parâmetro para seleção de espécies e/ou linhagens de Trichogramma, aliadas ao estudo de capacidade de parasitismo.

Genetic analysis of soybean resistance to Fusarium solani f.sp. glycines

In order to study the genetic control of soybean resistance to sudden death syndrome (SDS), a 5 x 5 diallel with the F2 generation, without the reciprocals, was carried out in a greenhouse. The following parents were used: Forrest, MG/BR-46 (Conquista), IAC-4, FT-Cristalina, and FT-Estrela. The first two cultivars are more resistant to SDS than IAC-4, which is considered to be moderately resistant to SDS, and the last two cultivars are highly susceptible. The fungus was inoculated with three colonized sorghum grains placed at the bottom of the holes with two soybean seeds. Single plants were evaluated between 14 and 37 days after emergency based on foliar severity symptoms (1-5) of SDS. The disease incidence and a disease index were also calculated for each plot (clay pots with five plants each). The analysis for severity and disease index was performed only with the data of the 37th day after emergence. Additive and dominant genetic effects were detected by Jinks-Hayman's analysis, but the dominant genetic effects were higher. The genetic parameters estimated indicated that the average degree of dominance showed the presence of overdominance; at least three loci or genic blocks that exhibited dominance were responsible for the genetic control of SDS resistance; the estimates of narrow-sense heritabilities were moderate (0.48 to 0.62), but in the broad-sense they were higher (0.90 to 0.95), thus reinforcing the presence of dominance effects; and the resistance to SDS was controlled mostly by dominant alleles. Five microsatellite markers (Satt163, Satt309, Satt354, Satt371 and Satt570), reported as linked to five QRLs of the SDS, were used to genotype the parents and showed the possibility of occurrence of multiallelism in those loci, but this evidence did not invalidate the fitting of the data to the Jinks-Hayman's model.