Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 3 de 3
Filter
Add filters








Year range
1.
Cad. saúde pública ; 23(3): 497-507, mar. 2007. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-441972

ABSTRACT

Nos últimos anos observa-se uma ênfase numa suposta associação entre a epidemia de AIDS e a "população negra" no Brasil. Após proceder uma análise do banco de dados sobre a ocorrência de HIV/AIDS no Brasil, o presente estudo examina o contexto sóciopolítico envolvido na definição de políticas públicas de recorte racial no campo da saúde. Argumentamos que questões ligadas à qualidade dos dados, à estruturação do sistema de informação e ao uso e interpretação das informações são elementos essenciais na compreensão do processo em curso. Especificamente, procuramos mostrar que os dados epidemiológicos disponíveis não são suficientes para sustentar a interpretação de que existe uma associação específica entre "população negra" e AIDS no país. Salientamos que a ênfase nessa suposta associação faz parte de uma dinâmica relacionada à construção do campo da "saúde da população negra" em anos recentes, que se vincula a processos mais amplos de inter-relação entre ativismo político e relação com o Estado, que transcendem a área da saúde.


Over the last few years we have observed a growing emphasis on a supposed relationship between the AIDS epidemic and the "black population" in Brazil. After undertaking an analysis of the national data base of HIV/AIDS in Brazil, this study examines the sociopolitical context in which public policy with a focus on "race" has been defined. We argue that questions related to the quality of the data, the structuring of the information system itself and the use and interpretation of this information are all essential elements for understanding the process underway. Specifically we aim to show that the available epidemiological data are not sufficient to warrant the interpretation that there is in fact a relationship between the "black population" and AIDS in the country. We stress that the emphasis on this supposed association is part of a more general process of construction of the field of the "health of the black population" in recent years and that this is related to interrelationships between political activism and the State which go far beyond the field of health.


Subject(s)
Humans , Acquired Immunodeficiency Syndrome , Black People , Information Systems , Prejudice , Public Policy , Brazil
3.
Hist. ciênc. saúde-Manguinhos ; 12(2): 347-370, maio-ago. 2005. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-416356

ABSTRACT

O objetivo deste ensaio é refletir sobre o significado social de um crescente interesse pela anemia falciforme e outras doenças associadas ao corpo negro no Brasil. Investigarei a rede discursiva que se formou em torno da doença no contexto social da sua produção. Começo resumindo a analise feita do antropólogo Melbourne Tapper, do programa de combate à Anemia Falciforme nos Estados Unidos nos anos 70, logo após as vitórias dos negros na luta pelos direitos civis. Tapper (1999) argumenta que uma das conseqüências dessa política foi a criação de uma comunidade negra cidadã e responsável. O Programa de Anemia Falciforme, desenvolvido pelo governo brasileiro com participação de ativistas negros a partir da década de 1990, também contribui para a formação e de uma "comunidade negra responsável". O argumento do artigo é que a anemia falciforme torna-se muito mais que uma doença a ser erradicada. O discurso em torno dela é um poderoso elemento no processo de naturalização da "raça negra" (e, por oposição lógica e política, da "raça branca") num país que se imaginava como biológica e culturalmente híbrido.


Subject(s)
Black People , Anemia, Sickle Cell , Race Relations/history , Brazil , Public Health/history
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL