Prevalência de perda óssea alveolar radiográfica de pacientes em manutenção periodontal / Prevalence of radiographic alveolar bone loss of patients in periodontal maintenance

Este estudo transversal propôs-se a realizar uma análise radiográfica de pacientes em manutenção periodontal do Programa de Pós-Graduação da Disciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP). A porcentagem da perda óssea alveolar foi correlacionada com os arcos, os grupos de dentes e faces proximais por meio de exames radiográficos completos periapicais. A amostra deste trabalho foi composta por 27 sujeitos da pesquisa do gênero masculino e 53 do gênero feminino, com idade de 16 a 85 anos (média de 48,3 anos). Foram digitalizadas 1.120 radigrafias periapicais (1.970 dentes) e, posteriormente, analisadas com software Image Tool® (University of Texas, Health and Science Center). O critério utilizado para se considerar perda óssea foi que a distância junção esmalte-cemento (JEC) à crista óssea alveolar (COA) fosse > que 2 mm. Dois examinadores calibrados (p<0,0001) realizaram as medidas da perda óssea. A média da perda óssea da amostra foi 20,61% (+ - 12,12). A superfície distal e a arco superior apresentaram maiores perdas, bem como o grupo de incisivos e molares superiores.

Mensuração da perda óssea alveolar em radiografias: quais são os recursos disponíveis na prática clínica? / Measurement of alveolar bone loss and methods available in pratical clinic

É indiscutível a importância do exame radiográfico conjugado ao exame clínico na avaliação e no tratamento das doenças periodontais. As radiografias intra-bucais são rotineiramente utilizadas na clínica para dar suporte ao diagnóstico, ao plano de tratamento, ao prognóstico e, finalmente, à análise, a longo prazo, do resultado do tratamento instituído (ARMITAGE, 1996). Esta revisão revelou que, na prática clínica, as radiografias periapicais e interproximais são as mais utilizadas quando o objetivo é mensurar a perda óssea alveolar. Essas imagens aparecem sempre associadas a sondas periodontais milimetradas (convencionais ou eletrônicas), lupas, réguas, compassos de ponta seca, telas milimetradas e programas de computador. Adicionalmente, observou-se que a ausência de integridade do tecido ósseo foi descrita sempre que a distância entre a junção esmalte cemento (JCE) e a crista óssea alveolar (COA) se apresentava > 2 mm.

Avaliação da cooperação aos retornos dos pacientes em manutenção periodontal / Compiance evaluation of patients recalls in peridontal maintenance

Este estudo retrospectivo teve como objetivo determinar o grau de cooperação aos retornos dos pacientes em manutenção periodontal. Foram avaliados 420 pacientes cadastrados no Programa de Controle e Manutenção da Clínica de Pós Graduação da Disciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, de marçode 1998 a dezembrode 2003. Estes pacientes foram divididos em três grupos: 1) Cooperação completa; 2) Cooperação irregular; 3) Nenhuma cooperação. A análise mostrou que apenas 20,23% dos pacientes retornaram regularmente ao Programa (Grupo 1), 9,04% retornaram irregularmente (Grupo 2), e 70,71% abandonaram o programa ou nunca retornaram (Grupo 3). Houve diferença significante entre os grupos em relação à idade e tempo de manutenção ( p=0,004 e p<0,001), ao passo que, não houve associação significativa entre sexo e grau de cooperação (p=0,45).Os resultados demonstraram que o índice de cooperação aos retornos é muito baixo e deve ser melhorado.