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Interface (Botucatu, Online) ; 28: e230250, 2024.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1558192

ABSTRACT

Articulamos o tema da recuperação pessoal (recovery) com conceitos de saúde e doença de Georges Canguilhem e Donald Winnicott, em diálogo com registros autobiográficos de Patricia Deegan, pesquisadora e ativista do movimento do recovery. Originada na década de 1970, em movimentos sociais de usuários de Saúde Mental, a recuperação pessoal vem sendo incorporada a espaços acadêmicos, serviços e políticas, como expressa sua inclusão no Plano de Ação em Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde (OMS). Reconhecendo sua utilidade como ferramenta conceitual e lógica de cuidado ainda pouco difundida no Brasil, buscamos contribuir com sua consolidação reafirmando que a experiência intersubjetiva é substrato fundamental para a avaliação da saúde, e considerando a dimensão psicossocial da Reforma Psiquiátrica que orienta a Política de Saúde Mental brasileira.


This article articulates the theme of recovery with concepts of health and disease in the works of Georges Canguilhem and Donald Winnicott in dialog with autobiographical accounts of the experiences of the recovery movement researcher and activist Patricia Deegan. The recovery model, which arose from mental health consumer groups in the 1970s, has been incorporated into academic settings, services and policies, as illustrated by its inclusion in the WHO's Mental Health Action Plan. Recognizing its usefulness as a conceptual and logical care tool whose use is not widespread in Brazil, we seek to contribute to its consolidation, reaffirming that intersubjective experience is the essential substrate for the health assessment and considering the psychosocial dimension of the mental health reform underlying Brazil's mental health policy.


Articulamos el tema de recuperación personal con conceptos de salud y enfermedad en Georges Canguilhem y Donald Winnicott, en diálogo con registros autobiográficos de Patricia Deegan, investigadora y activista del movimiento de recovery. Originada en la década de 1970 en movimientos sociales de usuarios de salud mental, la recuperación personal ha sido incorporada en espacios académicos, actividades y políticas, como lo expresa su inclusión en el Plan de Acción de Salud Mental de la Organización Mundial de la Salud (OMS). Reconociendo su utilidad como herramienta conceptual y lógica de atención aún poco difundida en Brasil, buscamos contribuir para su consolidación, reafirmando que la experiencia intersubjetiva es sustrato fundamental para la evaluación en salud, y considerando la dimensión psicosocial de la Reforma Psiquiátrica que orienta la Política Brasileña de Salud Mental.

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