ABSTRACT
This study reviews the debate concerning socioeconomic impacts of established protected areas on local populations. On one side, there are those who defend the idea that protected areas may assist in poverty reduction by generating alternative sources of income, and on the other hand, those who argue just the opposite, due to the eminent expropriation of the land. Thus, the relationship between protected areas and poverty is evaluated through development indexes (Human Development Index and Gini Coefficient) and by contrary assumptions. Through a disaggregated analysis method of "strict protected" and "sustainable use", the proposal was to evaluate, in the context of Brazilian Cerrado, if the presence of protected areas has influence on the local social conditions, and which protection methods have the greatest effect. In this evaluation, it was verified that despite the heterogeneity of income distribution, the municipalities with integrally protected areas of indirect-use have higher values of human development than those of direct-use.
Este trabalho retoma o debate a respeito dos impactos socioeconômicos da criação de unidades de conservação (UCs) sobre as populações locais. De um lado há aqueles que defendem que as UCs podem auxiliar na redução da pobreza através da geração de fontes alternativas de renda e, de outro, aqueles que falam justamente o oposto, devido à política de expropriação de terras. Assim, através de pressupostos contrários, avalia-se através de indicadores de desenvolvimento (Índices de Desenvolvimento Humano e de Gini) a relação entre unidades de conservação e pobreza. Por meio de um método de análise desagregada pelos grupos de unidades de conservação de proteção integral e uso sustentável o objetivo é avaliar se no contexto do cerrado brasileiro a presença de unidades de conservação influencia as condições sociais locais e, em caso positivo, quais formas de conservação afetam mais. Nesta interface, apesar da heterogeneidade da distribuição de renda, observou-se que os municípios com unidades de conservação de proteção integral apresentam melhores valores de desenvolvimento humano do que aquelas de uso direto.