ABSTRACT
Trata-se de um estudo quantitativo descritivo sobre o trabalho noturno e suas implicações na equipe de enfermagem em um Hospital Estadual do Estado do Rio de Janeiro, nas unidades de clínica cirúrgicas, cujo objeto é a percepção dos trabalhadores de enfermagem, que atuam no horário noturno, sobre a fadiga. Teve como objetivos caracterizar o perfil dos trabalhadores, identificar os fatores ergonômicos que produzem fadiga e levantar as implicações do trabalho noturno que os profissionais de enfermagem apontam como prejudiciais à sua saúde. Utilizou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas, aplicado, de julho a agosto de 2004, a 55 profissionais (enfermeiros e auxiliares de enfermagem) que atuam há mais de três anos no serviço noturno nas unidades de clínica cirúrgica, nos três plantões consecutivos. Os dados quantitativos foram organizados por grupos de variáveis (características pessoais, condições de vida, de trabalho, de saúde, esforço físico e o fator fadiga). Como referencial teórico adotaram-se os seguintes estudos .Aspectos históricos do desenvolvimento do trabalho e o trabalho da enfermagem; A cronobiologia humana e o fator fadiga, com base nos estudos de Mielnik (1976), Bulhões (1994), Fischer e col (1989, 2004). Homens e mulheres são seres diurnos, já que se encontram ativos á luz do dia e dormem à noite, esse comportamento natural é determinado pela oscilação das funções corporais (ritmo circadiano), por um forte oscilador endógeno (relógio biológico) e é influenciado por fatores ambientais (zeitegebers ou sincronizadores)...