ABSTRACT
Reprenant le concept dautorisation noétique selon René Barbier et se référant à lanalyse institutionnelle, lauteur montre comment la sociopoétique permet déviter une colonisation des corps des chercheurs par lUniversité. Cette colonisation est la règle et elle est un obstacle politique à la connaissance et au développement spirituel.
Based on Barbiers concept of noetic authorization and referring to institutional analysis, the author shows how sociopoetics can help avoid researchers body colonization by the University. Colonization is the common rule and constitutes a political hindrance to knowledge and spiritual development.
Com base no conceito de autorização noética, segundo Barbier e em referência à análise institucional, o autor mostra como a sociopoética permite evitar uma colonização dos corpos dos pesquisadores pela Academia. Essa colonização é a regra e constitui-se em obstáculo político ao conhecimento e ao desenvolvimento espiritual.
Subject(s)
Social Sciences , Body Image , Poetry , Ethics, Research , Philosophy, NursingABSTRACT
O autor retoma a questão da especificidade da pesquisa qualitativa. Sua tese, referida a Deleuze e Guattari, é que esta situa-se entre ciência, arte e filosofia. A sociopoética valoriza essa especificidade ao favorecer a criação de sentidos inovadores pelo grupo pesquisador. Em referência a Frege e Ricoeur, o autor mostra a importância de métodos de pesquisa que facilitam a libertação do processo de metaforização, constituido do uso comum da língua e da criatividade dos sujeitos falantes. Não existem significados originários, e sim constituição de interferências: a metáfora atravessa a língua, da mesma maneira que o afeto é relacionado ao conceito, no confeto. Aqui encontra-se a criatividade do pensamento popular, conforme mostrou Michel de Certeau. Mas a filosofia exige, conforme Ricoeur e Deleuze e Guattari, o distanciamento dos conceitos, sua fuga no plano de consistência. A sociopoética visa a criação de conceitos a partir do pensamento do grupo pesquisador considerado como um filósofo coletivo.