ABSTRACT
A evoluçäo da cirurgia para epilepsia vem sendo acompanhada por novos métodos de neuroimagem, näo só morfológicos, como, também, funcionais. Dentre esses últimos, destacamos a espectroscopia por ressonância magnética (ERM), de especial interesse deste artigo. A ERM parece ser promissora na definiçäo da identificaçäo do foco epileptogênico, pela demonstraçäo das alteraçöes dos metabólicos do fósforo (31P-ERM) e avaliaçäo pelo próton de H+ (1H-ERM). Reconhece-se a variaçäo da 1H-ERM normal, segundo alteraçöes idade-relacionadas, para localizaçäo do foco epileptogênico, no período interictal, pelas taxas de NAA (N-acetilaspartato), Cr (creatina) e Co (colina), e relaçöes NAA: Co e NAA: Cr; e no ictal, pelas mesmas taxas e pela avaliaçäo do lactato. A estimativa de aminoácidos neurotransmissores também auxilia nessa topografia. A ERM, em especial, a 1H-ERM, é de grande potencialidade no estudo bioquímico do cérebro, in vivo, e poderá vir a ter crescente importância no diagnóstico topográfico da regiäo epileptogênica dos pacientes com epilepsia, na dependência da idade e do local do foco