ABSTRACT
A mobilidade é um fator imprescindível para a manutenção da autonomia e qualidade de vida do idoso. O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos de um treinamento específico na mobilidade. Participaram 61 idosos distribuídos em três grupos: sedentários-GS; atívos-GA; treinados-GT. GT realizou um programa de treinamento de mobilidade durante 20 sessões. Os participantes percorreram dois circuitos, contento objetos domésticos, o mais rápido possível, evitando o contato com os objetos. Foram realizadas 3 tentativas em quatro condições experimentais que combinaram os circuitos (1 e 2) e a forma de iluminação (normal e reduzida). O tempo de execução e porcentagem de objetos não contatados (taxa de sucesso) foram anotados. Os três grupos realizaram a tarefa numa primeira fase (pré-teste), sendo GA e GT novamente testados após o treinamento (pós-teste). No pré-teste, GS obteve maior média no tempo de execução e GT apresentou menor média na taxa de sucesso. No pós- teste, GA e GT aumentaram a média da taxa de sucesso, inclusive com iluminação reduzida, sendo que GT também aumentou em variabilidade. Nas condições com iluminação reduzida, os idosos, independente do grupo, realizaram menor número de contatos no pós-teste. Concluí-se que idosos ativos apresentam melhor mobilidade e um treinamento específico contribui adicionalmente para a locomoção em ambientes complexos.