ABSTRACT
Modificações fisiológicas, doenças crônico-degenerativas e suas conseqüências podem aumentar a probabilidade de hospitalizações dos idosos, desencadeando um processo de incapacidade funcional. Objetivo: Investigar o impacto da internação hospitalar na independência funcional dos idosos e traçar o perfil sócio-demográfico e clínico dos mesmos. Material e método: Estudo de pacientes internados de junho a setembro de 2004 na Enfermaria de Geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. A caracterização do grupo deu-se de dados obtidos no Serviço. A funcionalidade foi aferida com a Medida de Independência Funcional (MIF), aplicado na admissão e na alta hospitalar. Resultados: Estudaram-se 35 pacientes, 80 por cento mulheres e 20 por cento homens, com idades de 62 a 92 anos. 45,71 por cento possuíam baixa escolaridade, 42,86 por cento analfabetos e 11,43 por cento apresentavam média escolaridade. A média de internação foi de 16,2 por cento dias, sendo mais 50 por cento por motivo de esclarecimento diagnóstico. Funcionalmente na admissão hospitalar, 42,85 por cento possuía alta independência, 34,28 por cento média independência e 22,85 por cento alta dependência. A evolução da MIF na hospitalização apontou para: 60 por cento melhorando seu desempenho funcional, 22,86 por cento permanecendo com sua funcionalidade inalterada e 17,14 por cento mostrando piora na sua capacidade funcional. Conclusão: O grupo foi predominantemente feminino, com média de 79,80 por cento anos, na sua maioria analfabetos e com 77,13 por cento apresentando alta e média independência funcional na admissão hospitalar. O impacto da internação hospitalar na capacidade funcional do grupo mostrou-se positivo uma vez que 60 por cento obtiveram melhora do seu desempenho funcional, 22,86 por cento não sofreram alterações funcionais após a alta hospitalar e apenas 17,14 sofreram queda na sua capacidade funcional.