ABSTRACT
Avalia a qualidade da assistência ao trabalho de parto prematuro, utilizando referentes, indicadores e padröes derivados de evidências científicas - ensaios clínicos controlados e meta-análises -, tomando como caso a corticoterapia anteparto. Foram analisados dados de sumários de alta relativos a sete maternidades públicas do Rio de Janeiro. O padräo utilizado para a análise de processo foi de 100 por cento. Näo foi possível estimar padröes de resultado - incidência esperada de síndrome de angústia respiratória e mortalidade neonatal - para os referentes previstos, em razäo da impossibilidade de ajustar os resultados para idade gestacional, poderoso fator interveniente. A utilizaçäo da corticoterapia antenatal pelos serviços analisados foi irrisória, cerca de 4 por cento e 2 por cento, para os referentes relativos a pacientes com menos de 34 semanas e com até 36 semanas de idade gestacional, respectivamente. A falha no uso da corticoterapia antenatal quando indicada merece a atençäo de planejadores e gestores do setor, tendo em vista a fácil incorporaçäo de tal tecnologia, bem como os benefícios e os custos desta, em comparaçäo com aqueles associados à assistência neonatal a bebês prematuros.