ABSTRACT
Foram estudados 127 pacientes portadores de carcinoma da vesícula biliar. A imensa maioria (93 casos) achava-se no estádio IV da doença. Dos 117 casos operados, a ressecçäo só foi possível em 42 (35,8 por cento). Destes, 32 foram seguidos: 64,5 por cento sobreviveram um ano; 34,8 por cento três anos e 24 por cento cinco anos. Nestes 32 pacientes ressecados, em oito o diagnóstico de cancer pode ser feito macroscopicamente durante a cirurgia. Em sete, o diagnóstico só foi feito por meio do exame histopatológico da peça (casos insuspeitados). Nos 17 restantes, a suspeita de cancer foi levantada pelo exame macroscópico da peça aberta. Dez pacientes foram submetidos a colecistectomia alargada, com 37,5 por cento de sobrevida de cinco anos contra 15 por cento de sobrevida de cinco anos nas colecistectomias simples. Os melhores resultados da cirurgia alargada foram obtidos em pacientes estádio Ib eIII. No estádio IV näo houve diferença nos resultados. Os autores concluem que nos estádios Ib, II e III a colecistectomia alargada deve ser realizada. Nos casos de Ca insuspeitados, em que o diagnóstico só é feito pelo exame histopatológico da peça, a reoperaçäo é dispensável, e, nos que incluem a serosa, ela näo tem indicaçäo pelos maus resultados esperados