Da conjugalidade à parentalidade: gravidez, ajustamento e satisfação conjugal / From conjugality to parenthood: pregnancy, adjustment and marital satisfaction

Esta pesquisa faz parte de um estudo que pretende investigar longitudinalmente a transição da conjugalidade para a parentalidade quanto ao ajustamento diádico e a satisfação conjugal de casais primíparos. O presente relato compreendeu os dados coletados na primeira medida e, portanto, se caracterizou por um exame de corte transversal realizado nos primeiros meses de gravidez de 41 casais primíparos da região metropolitana de Porto Alegre/RS. Esses sujeitos compuseram uma amostra de conveniência e foram abordados em clínicas médicas, postos de saúde, hospitais e em suas próprias residências. Foi garantido o sigilo referente às respostas e assinada uma adesão voluntária pelo participante. Para coleta de dados foram utilizadas a Escala de Ajustamento Diádico de Spanier (1976, 1982) e a Escala de Avaliação da Relação de Hendrick, Dicke, Hendrick (1988). Os dados foram analisados pelo Statistical Package for the Social Sciences através de técnicas descritivas, correlações e comparações de médias. Os resultados mostraram correlação inversa entre a idade dos sujeitos e o fator expressão de afeto do ajustamento diádico. Além disso, os valores elevados das médias dos diversos fatores de ajustamento e satisfação corroboraram o clima esperado para o período focalizado, neste momento: a gravidez. Estes achados, em geral, apoiaram a literatura internacional sobre o tema e foram discutidos nesta perspectiva

Família com adultos jovens, adolescentes e crianças: um estudo sobre funcionamento e satisfação familiar / Family with children, adolescents and young adults: a study about familial functioning and satisfaction

Nesta pesquisa investigou-se o funcionamento familiar, destacando-se as variáveis coesão,adaptabilidade e satisfação nas vivências familiares. Utilizou-se a escala FACES-III de Olson, Porner & Lavee (1985) para levantar dados. Esta é uma escala auto-aplicável, composta de 20 perguntas. A amostra total foi de 241 sujeitos, assim distribuídos: 60 adultos jovens, com idade entre 21 e 35 anos; 60 adolescentes entre 12 e 18 anos e 121 pais com crianças entre 1 e 10 anos de idade. A amostra foi selecionada intencionalmente em escolas da rede privada de ensino fundamental, médio e superior. Para análise estatística foram utilizadas as técnicas: coeficiente Alpha de Cronbach, Análise de Variância (ANOVA), Correlação de Pearson, teste de Scheffée e médias. Foi utilizado o programa de computador SPSS, versão 10 (Statistical Package for the Social Sciences). Constatou-se que há correlação entre as variáveis de coesão, adaptabilidade e satisfação familiar nas faixas etárias da amostra

Autoconceito do adolescente: relacionamento familiar e limites / Self-concept, familial relations and limits in adolescence

Foram investigados fatores do autoconceito do adolescente e seu relacionamento familiar com os pais e irmãos, abrangendo algumas formas de limites, quais sejam: o conhecimento que os pais têm a respeito dos amigos do filho, opinião sobre o controle estabelecido pelos pais, controle das saídas do filho, normas a serem cumpridas e punição pelas normas não cumpridas. A amostra foi de 200 adolescentes, sendo 101 masculinos e 99 femininos na faixa etária entre 11 e 21 anos, compreendendo a adolescência inicial, a propriamente dita e a final. O instrumento utilizado para coleta de dados foi a Escala Fatorial de Autoconceito de Tamayo (1981), que permite relacionar os fatores do autoconceito do adolescente, com o relacionamento entre pais e irmãos e limites. As provas estatísticas utilizadas foram: o coeficiente Alpha de Cronbach, Teste de Student, a Análise de Variância (ANOVA). Consideraram-se como significativos os resultados ao nível de 5 porcento. O programa estatístico utilizado foi o SPSS. 10 (Statistic Package for the Social Sciences). Os resultados mais expressivos indicaram que quando o autoconceito do adolescente apresentou escores altos, o relacionamento com os pais e com os irmãos, também, se mostrou bom. Os filhos acham correto que os pais estabeleçam limites, estabelecendo controle sobre o comportamento do filho para ajudá-lo a solidificar a autonomia e a independência. Quando, porém, o autoconceito apresentou escores baixos, o relacionamento com os pais e com os irmãos também apresentou tendências a se agravar, baixando a sua qualidade, tornando odiosos os limites estebelecidos pelos pais.

Ansiedade, depressão e desempenho escolar na adolescência / Anxiety, depression, and school efficiency in the adolescence

Investigou-se se os lutos pelos quais os adolescentes devem passar influenciam na intensidade da ansiedade e da depressão neste período e se estes sentimentos podem influenciar na aprendizagem. A amostra foi de 332 alunos do Ensino Médio, de ambos os sexos e de nível sócio-econômico elevado. Para coletar a amostra utilizaram-se o questionário de Beck e o Inventário de Spielberger. Realizou-se um estudo correlacional, onde os dados foram analisados segundo a análise de variância Three Way. Os resultados demonstraram que há uma significativa diferença em relação à intensidade da ansiedade-estado apresentada pelos jovens e à ansiedade-traço apresentada pelas jovens

Ciclo de vida familiar / Family life-cycle

Investigou-se a associação entre o conhecimento do processo emocional de transição em cada etapa do ciclo vital familiar (novo casal, família com filhos pequenos, família com filhos adolescentes, família com filhos adultos, família no estágio tardio da vida) com as mudanças necessárias para prosseguir no desenvolvimento familiar. A amostra foi de 323 universitários, casados, sendo 215 do sexo feminino e 108 do sexo masculino. Foram construídos três questionários, totalizando 65 itens, para se coletar os dados da amostra. Para análise dos dados utilizou-se o teste de correlação D de Somer; processado pelo programa SPSS (Statistic Package for the Social Sciences). Verificou-se que há correlação das respostas referentes às tarefas das diferentes etapas do ciclo de vida familiar com o processo emocional de transição. Observou-se, no entanto, que o número de concordâncias significativas aumentaram ao longo das etapas do ciclo de vida familiar; começando com poucas correlações entre os títulos dos questionários nas etapas do ciclo de vida familiar até chegar a uma correlação de todos os itens avaliados na última etapa