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Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 22(4): 1436-1457, dez. 2022.
Article in English, Spanish, Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1428524

ABSTRACT

Atualmente, verifica-se o incremento do número de casos divulgados em relatórios oficiais sobre violência sexual infanto-juvenil na Reserva Indígena de Dourados (RID), o que demonstra uma grave problemática de vulnerabilidade social e a necessidade de articulação das políticas públicas para os povos originários. O objetivo desta pesquisa consistiu em caracterizar a violência sexual contra crianças e adolescentes indígenas. Realizou-se pesquisa qualitativa de análise documental de 20 reportagens veiculadas em 10 jornais de abrangência estadual, no período de 2015 a 2020. A abordagem decolonial orientou a interpretação dos resultados. Os resultados revelam que crianças do gênero feminino foram as mais vitimizadas. A maioria dos agressores possui vínculo de parentesco com as vítimas e a vulnerabilidade social e o uso de álcool são identificados como fatores de risco para a ocorrência das violências sexuais. Sugere-se a articulação de uma rede especializada de atendimento e a implementação de políticas públicas, que considerem a insterseccionalidade de marcadores sociais de gênero, etnia, idade e território, como fatores de proteção para o combate à violência sexual infanto-juvenil de indígenas.


Nowadays is observed an increase in the number of sexually abused children and adolescents from Indigenous Reservation of Dourados (RID). This fact brings light to the serious problem of social vulnerability among this population and signalizes a special need for public policies for native peoples. The objective of this study was characterizing the sexual abuse of indigenous children and adolescents. To do that, it was made a qualitative research with a documentary analysis of 20 reports published in 10 state newspapers, between 2015 to 2020. The results were interpreted with a decolonial approach and reveal that female children were the most victimized. Besides, most of the aggressors were related to the victims, and social vulnerability and alcohol use were identified as risk factors. To face violence against indigenous children and adolescents it is suggested the articulation of a specialized network of assistance, as well as the implementation of public policies that consider the intersectionality of social markers of gender, ethnicity, age, and territory.


Actualmente, se ha producido un aumento en el número de casos de violencia sexual contra niños y adolescentes en la Reserva Indígena de Dourados (RID), lo que demuestra un grave problema de vulnerabilidad social y la necesidad de articular políticas públicas para los pueblos indígenas. El objetivo de esta investigación fue caracterizar la violencia sexual contra niños y adolescentes indígenas. Realizamos una investigación cualitativa de análisis documental de 20 reportajes publicados en 10 periódicos que cubren el estado, en el periodo de 2015 a 2020. El enfoque decolonial guió la interpretación de los resultados. Los resultados revelan que las niñas fueron las más victimizadas. La mayoría de los agresores tienen vínculos familiares con las víctimas y la vulnerabilidad social y el consumo de alcohol se identifican como factores de riesgo para la aparición de los malos tratos. Se sugiere la articulación de una red de atención especializada y la implementación de políticas públicas que consideren la interseccionalidad de los marcadores sociales de género, etnia, edad y territorio, como factores de protección para combatir el maltrato infantil de los niños indígenas.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Public Policy , Sex Offenses , Child Abuse, Sexual , Indigenous Peoples , Social Vulnerability , Child Abuse , Qualitative Research , Gender Identity
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