ABSTRACT
A Declaração Universal dos Direitos Humanos se pretende com e de validade universal. Assim, se coloca como postulação que deve atingir quaisquer grupos e países, em todas as situações. A Psicanálise freudiana, atenta ao sombrio humano, mostra que a universalidade não se constitui unicamente de afirmações conjuntivas. Os assujeitados e os agrupamentos são constituídos, sempre e sem exceção, também de modalidades disjuntivas e de vazios.
The Universal Declaration of Human Rights is intended to have universal validity, putting itself as true to all groups and countries, in every situation. Freudian Psychoanalysis, however, concerned about human darkness, shows that human subjects and groups are formed, always and without exception, of disconnections and emptiness.
Subject(s)
Humans , History, 20th Century , History, 21st Century , Human Rights/psychology , Psychoanalysis/history , Freudian Theory/history , International Acts/historyABSTRACT
A contratransferência só se dá no campo inconsciente e na produção da relação psicanalítica entre analisando e analista. Se seus modos são diferenciados, desde Freud aprendemos como não há processo psicanalítico sem a contrapartida do psicanalista
Subject(s)
Countertransference , Unconscious, PsychologyABSTRACT
Ao se elaborar o conceito foucaultiano da loucura como ausência de obra, descobrem-se nele virtualidades que cabe aos psicanalistas clínicos desenvolver. Na ausência de obra, ensina Foucault, não se distinguem fala e língua, as palavras não se expressam como tais mas mantêm um regime de auto-implicação. Contudo, elas não estabelecem diferenças. Voltado especialmente para a questão dos mecanismos de biopoder, Foucault não se lembra de que a exclusividade de tal regime discursivo, sua não-transitividade com outros regimes discursivos produz uma afetividade insuportável. Propondo a elaboração de tal conceito desde a inclusão dos regimes de desejos e pulsões, ignorados por Foucault, mostro como a noção de ausência de obra pode ser um elemento importante e transformador para o pensar psicanalítico mais próximo de Freud.