Alteraciones del segmento ST en la angina pectoris inestable: su valor pronóstico / Changes of follow-up ST in angina pectoris: our prognostic value

De 145 pacientes internados en la Unidad de Terapia Intensiva del Instituto de Cardiología do Rio Grande do Sul/Fundaçäo Universitária de Cardiologia, en 1981, por angina péctoris inestable, fueron estudiados 69 pacientes: grupo I = 23 casos (33.3%) con infradesnivel del segmento ST; grupo II = 13 casos (18.8%) con supradesnivel del ST y grupo III (control) = 33 casos (47.8%) sin alteraciones agudas en el electrocardiograma. El grupo I (71,4%) mostró una mayor incidencia de lesiones de 2-3 vasos coronarianos en relación a los grupos II (53.8%) y III (63.3%) (dato no significativo). El porcentaje de pacientes que presentaron angina incapacitante y/o infarto de miocardio en la evolución, también fue mayor en el grupo I, aunque sin significancia estadística. Hubo 8 decessos (34.8%) en el grupo I; 3 (23.1%) en el grupo II y 4 (12.1%) en el grupo III (x**2 = 4,11, p > 0.05). La probabilidad de sobrevida a los 36 meses fue menor en el grupo I en relación a los grupos II y III: 52.9% Vrs. 75.2% (N.S.) y 89.7% (p < 0.02) respectivamente. Concluimos que que, en el cuadro de angina inestable, la presencia de alteraciones agudas en el ECG especialmente del tipo infradesnivel del segmento ST, se constituye en un marcador de pacientes de mayor riesgo

Valor premonitório das alteraçöes eletrocardiográficas agudas e da resposta à terapêutica na angina instável / Predictive value of the acute electrocardiographic changes and therapeutic response, in unstable angina

Foram estudados 145 pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/Fundaçäo Universitária de Cardiologia, em 1981, com diagnóstico de angina de peito instável, excluindo-se 5 casos (3,4%) que evoluíram a infarto agudo do miocárdio nas primeiras 72 horas do início dos sintomas. Dos 140 restantes, 86 (61,4%) eram masculinos e 54 (38,6%) femininos, com idades de 33 a 82 anos (média = 59,7; DP = 11,8 anos). Alteraçöes agudas no eletrocardiograma em repouso (ECG) foram observadas em 68 pacientes, os quais apresentaram um predomínio de lesöes severas em 2 e 3 vasos coronários: 70,3 vs. 63,3% (NS) e uma mortalidade significativamente maior: 22,1 vs. 7,7% (p < 0,05). A presença de lesäo subendocárdica ou de isquemia subepicárdica indicou uma predominância de lesöes de 2 e 3 vasos: 75,5 vs. 24,5% (p < 0,001), enquanto a lesäo subepicárdica associou-se a uma maior incidência de lesöes de 1 vaso ou de coronárias normais: 54,5 vs. 45,5% (NS). O tratamento intensivo foi ineficaz em 23 pacientes (16,4%), tendo sido significativamente maior a mortalidade nesse grupo: 46,7 vs. 11,9% (p < 0,01). Concluímos que a presença de alteraçöes agudas no ECG e a má resposta à terapêutica intensiva em pacientes com angina instável, associam-se a risco mais elevado

Padräo RSR' na derivaçäo V1 em pacientes com e sem comunicaçäo interatrial: estudo eletro e vetocardiográfico / RSR' pattern in the V1 lead in patients with and without interatrial septal defects: electro and vectorcardiographic study

Foram estudados 32 pacientes portadores de comunicaçäo interatrial (CIA) e padräo RSR' na derivaçäo V1, utilizando o método vetocardiográfico de Frank e as variaçöes dessa morfologia com a posiçäo e a respiraçäo. O grupo de controle (N) consistiu de 28 indivíduos sem evidência de cardiopatia ao exame clínico, mas com configuraçäo RSR' em V1. Essa configuraçäo pôde ser abolida (desaparecimento da R') no grupo N pela manobra de Müller, enquanto que sua acentuaçäo (aumento da R') ocorreu com a manobra de Valsalva, registro do V1 no 3§ espaço intercostal direito ou na regiäo infraclavicular direita. Tal comportamento näo foi observado no grupo com CIA. A rotaçäo da alça "S" foi predominantemente horária nos 2 grupos. A duraçäo e a voltagem dessa alça foram maiores no grupo com CIA: 55 + ou - 13 vs. 47 + ou - 13 ms (p < 0,05) e 0,50 + ou - 0,20 vs. 0,45 + ou - 0,17 mV (NS) respectivamente. Duraçäo da alça "S" superior a 60 ms e um ângulo beta acima de 160- foram encontrados somente em pacientes portadores de CIA. Conclui-se que o vetocardiograma e as variaçöes da morfologia RSR' na derivaçäo V1 com a posiçäo e com a respiraçäo ainda säo úteis na avaliaçäo dos pacientes com esse padräo eletrocardiográfico, a fim de destinguir os casos com e sem CIA

Fraçäo de ejeçäo ventricular esquerda em pacientes com coronariopatia severa e eletrocardiograma de repouso normal / Left ventricular ejection fraction in patients with severe coronary disease and normal resting electrocardiograma

Foram estudados 22 portadores de coronariopatia severa objetivando avaliar a correlaçäo do eletrocardiograma (ECG) de repouso normal com a fraçäo de ejeçäo (FE) ventricular esquerda. Dezenove eram do sexo masculino e 3 do feminino. A idade variou de 35 a 67 anos (média 51 + ou - 1,8 anos). A cinecoronariografia mostrou lesöes coronárias severas e a FE manteve-se dentro da normalidade (66,2 + ou - 0,5%), em todos os casos. Observou-se circulaçäo colateral em 4 pacintes, 2 com lesäo subtotal da artéria descendente anterior e 2 com oclusäo do coronária direita. Os resultados sugerem que a presença de ECG normal em pacientes com coronariopatia antecipa FE preservada. Conclui-se que um exame complementar simples, como o ECG de repouso pode, eventualmente, sugerir a evoluçäo clínica e orientar o prognóstico e a terapêutica do paciente anginoso