ABSTRACT
Os autores realizaram o presente estudo para analisar possíveis associações de fatores de estilo de vida com o câncer esofágico em não usuários de tabaco e bebida alcoólica. Foi especialmente enfatizada a análise do "mate" (infusão da erva Ilex paraguariensis), que tem sido associado à maioria dos cânceres do trato aerodigestivo. O estudo foi realizado no Instituto Nacional de Oncología em Montevidéu, Uruguai. Os dados correspondem a 73 casos de câncer esofágico e 219 controles. Um detalhado questionário incluiu seções de variáveis sócio-demográficas, ocupação, história familiar de câncer, consumo de "mate" e uma relação restritiva de itens da dieta incluindo: carne vermelha, carne processada, carne salgada, carne assada, leite, vegetais frescos e frutas. Os odd ratios (ORs) foram estimados com regressão logística incondicional, ajustados segundo os maiores potenciais fatores confundentes, incluindo a idade, o sexo, a educação, o estado urbano/rural e região de nascimento. Observaram-se acréscimos moderados no risco para: consumo diário de "mate" (OR=2.2), idade de abandono do consumo (OR=2.02), duração (OR=2.49) e intensidade (OR=1.91), a maioria dos quais foram estatísticamente significativos. Por conseguinte, nosso informe demonstra um rol particular para o consumo do "mate" no câncer esofágico no Uruguai, independentemente de outros bem conhecidos fatores de risco.
ABSTRACT
El cáncer de mama es la forma más frecuente de cáncer en las mujeres uruguayas, con una tasa de mortalidad de 28.1 por 100.000 en Montevideo. Con la finalidad de investigar la asociación controversial de esta enfermedad con el consumo de tabaco y la ingestión de alcohol, se realizó un estudio caso-control en el Instituto Nacional de Oncología. El estudio incluye 276 casos con cáncer mamario histológicamente confirmado y 265 controles hospitalarios. Se observó una reducción en riesgo significativa, principalmente en mujeres premenopáusicas, asociada con el consumo intenso de tabaco. No existió, en cambio, una relación dosis-respuesta clara para el uso del tabaco. El consumo de cerveza se asoció con un riesgo incrementado, principalmente en las pacientes postmenopáusicas