ABSTRACT
Estudamos 24 pacientes portadores de estenose tricúspide (ET) associada à estenose mitral submetidos ao tratamento cirúrgico entre 1981 a 1986. Grupo I-16 (66%) pacientes com diagnóstico pré-operatório (clínico e/ou ecocardiográfico e/ou hemodinâmico), oito (50%) com insuficiência tricúspide (IT) associada, idade média de 32 anos, todos em classe funcional (CF, NYHA) III/IV, 12 (72%) com predomínio de insuficiência cardíaca direta (ICD). Foi realizada comissurotomia tricúspide em 13 (81%) pacientes, em três associada à plástica de De Vega. Em três pacientes procedeu-se a implante de prótese em posiçäo tricúspide (IVT). Os três pacientes sobmetidos a IVT faleceram. Doze (75%) pacientes receberam alta hospitalar CF/II e em período médio de 28 meses, dois (16%) apresentavam-se em CF III e os demais em CFI/II. Grupo II - oito (33%) pacientes cujo diagnóstico de ET foi apenas trans-operatório, todosIT associada, idade média de 31 anos, todos em CF III/IV, sete (87%) com predomínio de ICD. Na evoluçäo pós-operatória imediata, todos tiveram alta hospitalar em CFI/II. Em período pós-operatório tardio, houve um óbito, de causa desconhecida. Em conclusäo, a ET näo reconhecida do ponto de vista clínico pode ser perfeitamente identificada no ato operatório e deve ser uma possibilidade a ser pesquisada pelo cirurgiäo mesmo em caso admitidos com IT funcional no pré-operatório. Outrossim, a IT deve ser considerada como fator relevante de näo reconhecimento da ET