ABSTRACT
Introdução: A colecistopatia calculosa atinge cerca de 20% da população ocidental adulta, e dela 15% tornam-se sintomáticos. No Brasil foram realizadas, entre 12/2019 e 11/2020, 138.154 colecistectomias pelo Sistema Único de Saúde Objetivo: Levantar dados das colecistectomias realizadas em 2 anos em um hospital escola, analisando o perfil epidemiológico dos pacientes e resultados operatórios. Método: Foram analizadas 942 colecistectomias. Compararam-se os procedimentos eletivos com os de urgência quanto à necessidade de drenagem, reoperação, complicações pós-operatórias e da ferida operatória. Resultados: Do total, 75,9% eram mulheres com média de 48,2 anos de idade. Procedimentos urgentes foram realizadas em 34,9%. Houve mais complicações nas urgências e nos que necessitaram de drenagem. Houve mais complicações na ferida operatória nos pacientes submetidos à reoperação. Conclusão: A análise dos dados mostrou independência de 5 variáveis na evolução pós-operatória das colecistectomias e elas interferiram negativamente quer por si só, quer em associação. Foram elas: drenagem vs. porta de entrada; drenagem vs. reoperação; porta de entrada vs. complicações pós-operatórias; reoperação vs. complicações no pós-operatório; e reoperação vs. complicações na ferida operatória.
Introduction: Calculous cholecystopathy affects about 20% of the Western adult population, and 15% of them become symptomatic. About 138.154 cholecystectomies were performed between 12/2019 and 11/2020 at Brazil, by the public health system. Objective: To collect data from cholecystectomies performed during 2 years in a teaching hospital, analyzing the epidemiological profile of patients and operative results. Method: 942 cholecystectomies were analyzed. Elective and emergency procedures were compared regarding the need for drainage, reoperation, postoperative and wound complications. Results: Of the total, 75.9% were women with a mean age of 48.2 years. Urgent procedures were performed in 34.9%. There were more complications in emergencies and in those requiring drainage. There were more complications in the surgical wound in patients undergoing reoperation. Conclusion: Data analysis showed independence of 5 variables in the postoperative evolution of cholecystectomies and they negatively interfered either by themselves or in combination. They were: drainage vs. hospital entrance; drainage vs. reoperation; hospital entrance vs. postoperative complications; reoperation vs. postoperative complications; and reoperation vs. complications in the surgical wound.