Hiperprolactinemia: análise clínica e terapêutica / Hyperprolactinemia: clinic and therapeutic analysis

A hiperprolactemia é um dos sinais mais associados aos problemas de esterilidade feminina e de disfunçäo ovarianas, acarretando quadros de amenorréia, de anovulaçäo, de opsomenorréia e de ciclo eumenorréico com alteraçäo na fase lútea. Säo analisados 48 casos selecionados nas clínicas particulares dos autores, distribuídos de acordo com as drogas de prolactina. Há 11 casos de hiperprolactinemia por iatrogenismo. O sintoma mais constatado na hiperprolactinemia foi a anovulaçäo. Este achado esteve presente em 48% de todas as pacientes. O motivo mais freqüente da consulta foi a esterilidade primária, que respondeu por mais de 50% do contingente total, englobando amenorréia, opsomenorréia e ciclo eumenorréico. Em mais de 50% das vezes, o resultado da dosagem da prolactina esteve compreendido entre 26 e 55ng.ml de plasma. Apenas 27% das pacientes conseguiram engravidar, provavelmente pela associaçäo de outros fatores. Nem todas as mulheres com hiperprolactinemia säo portadoras de galactorréia. Em nossos casos ela foi detectada em 77% das pacientes. Amenorréia secundária deve sempre servir de motivaçäo para diagnosticar hiperprolactinemia. Foram analisadas as condutas clínicas e qualificadas as formas de tratamento à base de brommocriptina

O ketoconazole por via sistemica em candidiase vulvovaginal: estudo multicentrico. / Ketoconazol by systemic route in vulvovaginal candidiasis: multicenter study

Neste estudo avaliou-se a acao terapeutica de ketoconazole por via sistemica em 105 pacientes com candidiase vulvovaginal, nas formas aguda e cronica. O ketoconazole foi administrado na dose de dois comprimidos de 200 mg por dia, durante cinco dias consecutivos. Realizou-se exame micologico a fresco (microscopia) e cultura em meio de Nickerson, antes do tratamento (para confirmacao diagnostica) e sete e trinta dias apos o termino do mesmo (para comprovacao da cura). Foi observado um percentual de cura micologica da ordem de 75,5%. Ocorreram efeitos colaterais em 19 pacientes (18,1%), tornando necessaria a interrupcao do tratamento em tres pacientes, sendo em um caso por cefaleia, vomitos e astenia moderados, e em dois casos por nausea e mal-estar tambem de grau moderado. Os investigadores consideraram o tratamento da candidiase vulvovaginal entre bom e excelente em 78,4% dos casos, enquanto que para as pacientes tal conceito situou-se em 81,2% dos casos