ABSTRACT
O diagnóstico preciso dos tumores de pequenas células redondas, entre os quais se inclui o tumor neuroectodérmico primitivo torácico, permanente como desafio, tanto para o clínico e o oncologista quanto para o radiologista e o patologista. Diferentes termos têm sido utilizados para denominar tumores desse grupo, na dependência de sual localizaçäo e diferenciaçäo neural. Com o avanço dos métodos imuno-histoquímicos e citogenéticos de diagnóstico, alguns desses tumores, até entäo considerados como entidades distintas, tendem, atualmente, a ser classificados como patologia única, porém com modo e local de apresentaçäo variáveis. Assim, tumores como neuroepitelioma periférico, neuroblastoma do adulto, tumor de Askin, neuroblastoma periférico e tumor neuroctodérmico primitivo, provavelmente viräo a se dominar, simplesmente, tumor neuroectodérmico primitivo periférico. A localizaçäo mais comum do tumor neuroectodermico primitivo perférico é a torácica, e a faixa etária de maior incidência está próxima da adolescência. Este estudo relata os achados clínicos, radiológicos e laboratoriais de cinco adultos (três mulheres e dois homens) atendidos no Hospital Heliópolis, Säo Paulo, SP, durante período de cinco anos (1991 a 1995), com diagnóstico de tumor neuroectodérmico primitivo periférico torácico confirmado por meio de exame anatomopatológico e estudo imuno-histoquímico. A idade média de acometimento foi de 34 anos, variando entre 17 e 57 anos, e a localizaçäo mais comum foi em parede torácica n=3), seguida pela regiäo mediastinal posterior (n=2). Todos os pacientes estavam sintomáticos. Foram realizadas radiografias simples e tomografia computadorizada em todos os pacientes