ABSTRACT
OBJETIVOS: Trabalho realizado em crianças com Distrofia Muscular tipo Duchenne (DMD), focalizando a atuaçäo fisiátrica em razäo da polêmica sobre os exercícios físicos nestes pacientes. Hoje sabe-se que a DMD resulta de uma anomalia genética (Xp21) acompanhada da ausência de DISTROFINA, condiçäo determinante da necrose do sarcolema e eliminaçäo de sua propriedade contrátil durante as atividades físicas. MATERIAL E METODOS: Foram atendidas 10 crianças DMD: 2 grabatárias e 8 com sinais conspícuos da doença. Todas receberam bloqueadores de cálcio, atençäo cardiológica e respiratória. Excluiram-se os exercícios resistidos, de estiramento de estruturas retraídas e mobilizaçäo passivas. Mantiveram-se: a órtese no momento de perda da deambulaçäo, a assistência postural e a prevençäo de fadiga. Mas, estabeleceu-se um programa domiciliar de atividades físicas escolar e recreativa moderadas, e exercícios de alongamento realizados de forma cautelosa. RESULTADOS E CONCLUSAO: A exclusäo da cinesioterapia e a restriçäo de atividades físicas extenuantes atenuaram a fadiga muscular e melhoraram a marcha, mantendo-se a capacidade física razoável em oito crianças. A atençäo fisiátrica às crianças com DMD previne os encurtamentos tendinosos, melhora a qualidade de vida, presta assistência respiratória e orienta os familiares. Atualmente, muitos autores concordam sobre a vantagem da restriçäo de exercícios e da prevençäo da fadiga muscular. Entretanto, aguardam-se mais esclarecimentos após a inclusäo da cinesiologia nas pesquisas que estäo em andamento.