ABSTRACT
O primeiro esboço do projeto do CAPS foi elaborado por técnicos da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e visava apresentar subsídios para decisões no nível do SUDS - SP, ao mesmo tempo que pretendia contribuir para as discussões que vinham sendo realizadas a nível local com o fim de implantar modificações radicais na estrutura do Hospital Psiquiátrico Pinel. Este plano em sua forma atual, definida pelos trabalhadores do então Hospital Psiquiátrico Pinel em conjunto com o SUDS-7, considera que seu eixo teórico-filosófico se inspira numa série de experiências e práticas que vão desde as primeiras modificações operadas no hospital psiquiátrico, tanto no contexto mundial quanto entre nós, passando pelas "propostas comunitárias" até as contribuições atuais da "Experiência Italiana" de Franco Bazaglia que propôs a extinção dos hospitais psiquiátricos e sua substituição por equipamentos abertos de tratamento dos problemas de saúde mental. Através deste projeto a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por intermédio do SUDS-7 (Nossa Senhora do Ó), assume a vanguarda da "Luta Anti Manicomial" e dá passos concretos na direção de implantar as "diretrizes políticas e prioridades técnicas do seu PLANO DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL para o biênio 1991/92, o qual se propõe a "PROMOVER A TRANSFORMAÇÃO RADICAL DOS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS PÚBLICOS, A PARTIR DELES PRÓPRIOS, EM INSTITUIÇÕES ABERTAS. Com ações deste porte o Governo democrático de São Paulo assume a responsabilidade política e o compromisso histórico de levar adiante uma nova Política de Saúde Mental