Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 10 de 10
Filter
1.
Rev. latinoam. psicopatol. fundam ; 25(1): 162-186, jan.-mar. 2022. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1376984

ABSTRACT

Objetiva-se analisar a situação de saúde mental de 48 municípios nordestinos que registram a presença de comunidades quilombolas e de assentamentos de reforma agrária em seus territórios, considerando as condições de vida, a oferta de serviços de saúde e o perfil de morbimortalidade em saúde mental. São articulados aspectos de gênero, classe e raça para compreender a produção de iniquidades em saúde nesses territórios. Trata-se de um estudo descritivo, realizado a partir de análise quantitativa com dados secundários coletados de diferentes bases disponíveis em domínio público. Observa-se o entrecruzamento e a combinação de fatores que influenciam a situação de saúde mental de municípios com populações do campo e da floresta: a precariedade nas condições de vida e trabalho, retaguarda insuficiente de serviços de atenção psicossocial e desigualdades étnico-raciais e de gênero da morbimortalidade psiquiátrica.


This descriptive study sought to analyze the mental health status of 48 Northeastern municipalities in Brazil with quilombola communities and agrarian reform settlements in their territories, considering the living conditions, health service supply and the profile of morbidity and mortality in mental health. Gender, class and race aspects are articulated to understand the production of health inequities in these territories. By means of a quantitative analysis based on secondary data collected from different open databases, the research unveiled the intersection and combination of factors that influence the mental health status of municipalities with rural and forest populations: the precariousness of living and working conditions, insufficient support from psychosocial care services, and ethnic-racial and gender inequalities in psychiatric morbidity and mortality.


Cette recherche descriptive visait à analyser l'état de santé mentale dans 48 municipalités du Nord-Est brésilien ayant des communautés quilombolas et des établissements de réforme agraire sur leur territoire, en tenant compte des conditions de vie, de l'offre de services de santé et du profil de morbidité et de mortalité en matière de santé mentale. Les aspects de genre, de classe et de race sont articulés pour comprendre la production d'inégalités en matière de santé dans ces territoires. À partir d'une analyse quantitative basée sur des données secondaires recueillies dans différentes bases de données dans le domaine public, on dévoile l'intersection et la combinaison de facteurs qui influencent l'état de santé mentale dans les communes à population rurale et forestière : la précarité des conditions de vie et de travail, le soutien insuffisant des services de soins psychosociaux et les inégalités ethniques, raciales et de genre en matière de morbidité et de mortalité psychiatriques.


El objetivo de este artículo es analizar la situación de la salud mental en 48 municipios del Nordeste de Brasil que tienen comunidades quilombolas y asentamientos de reforma agraria en sus territorios, en cuanto a las condiciones de vida, la oferta de servicios de salud y el perfil de morbimortalidad en salud mental. Se articulan los aspectos de género, clase y raza para comprender la producción de las desigualdades sanitarias en estos territorios. Se trata de un estudio descriptivo, que aplicó el análisis cuantitativo a los datos secundarios recogidos de diferentes bases de datos disponibles en el dominio público. Se observan el entrecruzamiento y la combinación de factores que influyen en la situación de la salud mental en los municipios con poblaciones rurales y de la floresta: la precariedad en las condiciones laborales y de vida, el insuficiente apoyo de los servicios de atención psicosocial y las desigualdades étnico-raciales y de género en la morbimortalidad psiquiátrica.

2.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(5): 1727-1738, maio 2021. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1249522

ABSTRACT

Resumo Objetiva-se discutir equidade e acesso em saúde mental por meio da análise da distribuição das equipes da atenção primária (Agentes comunitários de Saúde; Equipes de saúde da Família; Núcleo Ampliado de Saúde da Família) e da cobertura da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) em três estados nordestinos (Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte) nas suas respectivas regiões de saúde. Trata-se de um estudo descritivo, apoiado por análise quantitativa exploratória. Para tanto, recorremos à base de dados do Departamento de Atenção Básica/DATASUS para a coleta dos dados secundários em relação às séries históricas de habilitação das equipes da Atenção Primária. Quanto aos pontos de atenção da RAPS, utilizamos a base de dados disponibilizada pela Coordenação Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde. A investigação concluiu que até 2018 observou-se no país um importante movimento de interiorização e expansão da cobertura em relação à atenção primária e psicossocial, impactando na ampliação da equidade nos territórios de menor desenvolvimento econômico e social. Contudo, verificou-se que os serviços de APS estão mais interiorizados, enquanto os demais dispositivos da RAPS estão mais desenvolvidos nas capitais e grandes municípios.


Abstract The scope of this study is to discuss equity and access to mental health care by means of analysis of the distribution of primary care teams (Community Health Agents; Family Health Teams; the Expanded Family Health Nucleus) and the coverage of the Psychosocial Care Network in three Northeastern states (Ceará, Piauí and Rio Grande do Norte) and their respective health regions. It is a descriptive study, supported by exploratory quantitative analysis. For this purpose, the database of the Department of Basic Care/DATASUS was used to collect secondary data in relation to the historical trajectory of training of Primary Care teams. Regarding the points of care of RAPS, the database made available by the National Mental Health Coordination of the Ministry of Health was consulted. The conclusion of the investigation was that prior to 2018 there was a major drive in the country into the interior and expansion of coverage in relation to primary and psychosocial care, impacting the expansion of equity in territories of lesser economic and social development. However, it was also observed that Psychosocial Care Network services are more prevalent in the interior while the other related services are more developed in capitals and large municipalities.


Subject(s)
Humans , Psychiatric Rehabilitation , Mental Health Services , Brazil , Mental Health , Cities
3.
Psicol. rev. (Belo Horizonte) ; 26(1): 436-451, jan.-abr. 2020.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1507207

ABSTRACT

A exigência crescente por pesquisas científicas já se tornou cotidiana nas universidades de nosso país, especialmente naquelas que mantêm um conjunto expressivo de cursos com formação em stricto sensu. O objetivo deste artigo consiste em problematizar essa demanda, explorando dois ângulos do conceito de resistência: a resistência necessária para acolher e lidar com as exigências burocráticas presentes no exercício do pesquisar, e resistência desenhada nas possibilidades de fazer das pesquisas um exercício vivo de pensamento. Esses dois ângulos, que coexistem em nosso tempo histórico, colocam aos pesquisadores o desafio de criar uma prática de pesquisa aliada da transformação social, mas também conectada a experimentação dos afetos e seus desdobramentos. Ao fim do estudo, será possível demonstrar que a prática das pesquisas implica dimensões burocráticas, mas vai muito além delas, testemunhando também a relevância de formar pesquisadores sensíveis, capazes de acolher e analisar realidades sociais de modo afetivo e contextualizado.


The growing requirement for scientific research has already become a daily procedure at the universities of our country, especially those who maintain a significant set of stricto sensu training courses. The goal of this article is to discuss this demand, exploring two angles of the concept of resistance: the resistance needed to receive and deal with the bureaucratic requirements present in the act of researching and resistance designed in the possibilities of turning researches into a living exercise of thought. These two angles, which coexist in our historical time, bring to researchers the challenge of creating a research practice allied to social transformation, but also connected to the experience of affections and their developments. At the end of the study, it will be possible to show that the practice of research implies bureaucratic dimensions, but goes far beyond them, witnessing also the relevance of graduating sensitive researchers, able to receive and analyze social realities in an affective and contextualized way.


El requisito creciente para la investigación científica se ha convertido en algo cotidiano en las universidades de nuestro país, especialmente en aquellas que mantienen un importante conjunto de cursos de formación en el nivel stricto sensu. El objetivo de este artículo es discutir esta demanda, explorando dos ángulos del concepto de resistencia: la resistencia necesaria para recibir y tratar las burocracias en el ejercicio de pesquisar, y las posibilidades de investigar el ejercicio del pensamiento. Estos dos ángulos, que coexisten en nuestro tiempo histórico, pusieron a los investigadores el desafío de crear una práctica de investigación aliada a la transformación social, pero también conectada a la experimentación de los afectos y sus desarrollos. Al final del estudio, será posible mostrar que la práctica de la investigación implica dimensiones burocráticas, pero va mucho más allá de ellas, asistiendo también a la pertinencia de formar investigadores sensibles, capaces de acoger y analizar las realidades sociales de modo afectivo y contextualizado.


Subject(s)
Sustainable Development Indicators , Psychology , Universities
4.
Rev. polis psique ; 9(3): 152-170, set.-dez. 2019.
Article in Portuguese | INDEXPSI, LILACS | ID: biblio-1127172

ABSTRACT

Este trabalho objetiva discutir como a compreensão empática, atitude facilitadora do crescimento humano desenvolvida por Carl Rogers, se configura como uma agir ético no cuidado em saúde mental. Para isso, realizou-se um breve percurso histórico do campo da assistência à pessoa em sofrimento psíquico, partindo do modelo manicomial nascido nos hospitais psiquiátricos e, posteriormente, passando pelas diversas reformas em saúde mental pelo mundo até chegarmos ao atual modelo de atenção psicossocial, que se apresenta como um contexto propício para a emergência do agir ético. Apresenta-se a ideia de que no modelo manicomial não era possível sustentar uma dimensão ética no âmbito relacional, visto que o antigo paradigma psiquiátrico privilegiava o transtorno mental em detrimento da pessoa. Por fim, foram analisados aspectos referentes ao conceito de empatia e o diálogo possível com a ética levinasiana, cujas aproximações permitem inferir que a compreensão empática rogeriana se configura como uma atitude essencialmente ética.


This paper aims to discuss how empathic understanding, the facilitating attitude of human growth developed by Carl Rogers, is configured as an ethical action in mental health care. In order to achieve this, a brief history of the field of assistance to the person suffering from psychic suffering was made, starting from the asylum model born in psychiatric hospitals and then going through the various mental health reforms around the world, until we reach the current model of care psychosocial, which presents itself as a propitious context for the emergence of ethical action. We present the idea that in the manicomial model it was not possible to sustain an ethical dimension in the relational scope, since the old psychiatric paradigm privileged the mental disorder to the detriment of the person. Finally, aspects related to the concept of empathy and the possible dialogue with the Levinasian ethics were analyzed, whose approximations allow to infer that the emphatic understanding of Rogers is an essentially ethical attitude.


Este trabajo objetiva discutir cómo la comprensión empática, actitud facilitadora del crecimiento humano desarrollada por Carl Rogers, se configura como una acción ética en el cuidado en salud mental. Para ello, se realizó un breve recorrido histórico del campo de la asistencia a la persona en sufrimiento psíquico, partiendo del modelo manicomial nacido en los hospitales psiquiátricos y, posteriormente, pasando por las diversas reformas en salud mental por el mundo hasta llegar al actual modelo de atención psicosocial, que se presenta como un contexto propicio para la emergencia del actuar ético. Se presenta la idea de que en el modelo manicomial no era posible sostener una dimensión ética en el ámbito relacional, ya que el antiguo paradigma psiquiátrico privilegiaba el trastorno mental en detrimento de la persona. Por último, se analizaron aspectos referentes al concepto de empatía y el diálogo posible con la ética levina, cuyas aproximaciones permiten inferir que la comprensión empática rogeriana se configura como una actitud esencialmente ética.


Subject(s)
Mental Health , Mentally Ill Persons , Empathy , Ethics , Patient Care/psychology
5.
Rev. polis psique ; 9(1): 91-108, 2019.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1099562

ABSTRACT

Este artigo discute a noção de sujeito como campo de problematização e sua relação com a constituição do saber psicológico. A partir da filosofia da diferença, sustenta-se que essa noção ocupa lugar emblemático na ordem discursiva contemporânea. Foucault e Deleuze, quando reposicionam o sujeito de sua origem nobre - ora pela sua condição de efeito, ora pela sua exterioridade-, suspendem as certezas em torno de sua condição de reduto das explicações de natureza psicológica. Desse modo, abordar-se-á a conexão entre a produção de saberes-poderes, as práticas de si na antiguidade, a invenção do indivíduo, as noções de dobra e resistência.


This article discuss the notion of subject as problematization field and your relationship with the constitution of psychological knowledge. From the philosophy of difference, it is maintained that this notion occupies an emblematic place in the contemporary discursive order. Foucault and Deleuze, when they reposition the subject of his noble origin - now by his condition of effect, now by its exteriority - suspend the certainties around its condition of redoubt of the explanations of psychological nature. Thus, will approach the connection between the production of knowledges-powers, practices in antique, the invention of individual, notions of fold and resistance.


Este artículo discute la noción de sujeto como campo de problematización y su relación con la constitución del saber psicológico. A partir de la filosofía de la diferencia, se defiende que esa noción ocupa un lugar emblemático en el orden discursivo contemporáneo. Foucault y Deleuze, cuando reposicionan el sujeto de su origen noble ­bien por su condición de efecto, bien por su exterioridad­, suspenden las certidumbres alrededor de su condición de reducto de las explicaciones de naturaleza psicológica. De este modo, se abordará la conexión entre la producción de saberes-poderes, las prácticas de si en la antigüedad, la invención del individuo, las nociones de poder y resistencia.


Subject(s)
Philosophy , Politics , Psychology, Social , Power, Psychological , Individuality , Civil Society
6.
Psicol. ciênc. prof ; 38(spe2): 27-43, out./ dez.2018. tab, ilus
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-980606

ABSTRACT

Desde 2000 a população carcerária feminina no Brasil vem crescendo em ritmo preocupante, lotando as prisões em todos os estados da Federação. Este trabalho discute a criminalização de mulheres a partir de uma ótica interseccional, realçando a intersecção de gênero, raça-etnia, pobreza e outras fontes de subordinação como central para entender e enfrentar o problema. Foram analisadas taxas de encarceramento e o perfil sociodemográfico da população carcerária feminina no país e na América Latina, divulgadas em documentos públicos oficiais. Os dados foram interpretados a partir de princípios da criminologia crítica feminista e do pensamento interseccional e à luz de uma literatura crítica nacional e internacional sobre a criminalização e o encarceramento em massa, especialmente de mulheres jovens, negras e pobres. Feminização da pobreza, discriminação racial e de gênero, política de guerra às drogas, inchação do Estado Penal entre outros fatores interligam-se e resultam no encarceramento seletivo de jovens entre 18 a 33 anos, declaradas negras ou pardas, com ensino fundamental incompleto, respondendo por tráfico de drogas (flagradas com pequena quantidade de drogas), mães solteiras. Nosso argumento é que a perspectiva da interseccionalidade permite superar a análise descritiva e estanque dos fatores envolvidos em crimes cometidos por mulheres e seu consequente encarceramento, esclarecendo como o sistema penal pode incorporar e perpetuar formas naturalizadas de controle dos corpos femininos e a injustiça social. Concluímos que o olhar interseccional ilumina as complexas situações biográficas e vivências cotidianas de opressão que afetam cerca de 45 mil mulheres em prisões brasileiras hoje....(AU)


Since 2000 the population of incarcerated women in Brazil has risen in a fast and disturbing pace resulting in crowded prisons in each state of the country. This paper discusses the female criminalization adopting an intersectional approach, underlining the intersection of gender, race-ethnicity, poverty and other sources of social subordination as central to understand and face the problem. Rates of female incarceration and the sociodemographic profile of female population in prisons in Brazil and Latin America as published in oficial documents were analysed. The data were interpreted on the basis of the tenets of critical feminist criminology and intersectional thought and with the support of a national and international critical literature on mass criminalization and incarceration, specially of young, black and poor women. Feminization of poverty, racial and gender discrimination, war against drugs policies, rise of a Penal State, among other factors interconnect and result in selective incarceration of 18 to 33 year old young women, of black and brown color, of low incomplete primary education, prosecuted for drug trafficking caught carrying small amounts of drugs), single mothers. We argue that intersectionality allows us to overcome the descriptive and isolated analysis of the factors involved in crimes comitted by women and their imprisonment clarifying how penal system can incorporate and reproduce naturalized forms of control of female bodies and social injustice. We conclude that the intersectional gaze enlightens the complex biographical situations and daily experiences of oppression that impair nearly 45 thousand women in Brazilian prisons today....(AU)


Desde 2000 la población carcelaria femenina en Brasil viene creciendo a ritmo preocupante, llenando las prisiones en todos los estados del país. Este trabajo discute la criminalización de mujeres desde una óptica interseccional, destacándola intersección de género, raza-etnia, pobreza y otras fuentes de subordinación como central para entender y enfrentar el problema. Se analizaron tasas de encarcelamiento y el perfil sociodemográfico de la población carcelaria femenina en el país y en América Latina, divulgadas en documentos públicos oficiales. Los datos fueron interpretados a partir de principios de la criminología crítica feminista y del pensamiento interseccional y a la luz de una literatura crítica nacional e internacional sobre la criminalización y el encarcelamiento masivo, especialmente de mujeres jóvenes, negras y pobres. Feminización de la pobreza, discriminación racial y de género, política de guerra a las drogas, hinchazón del Estado Penal entre otros factores se interrelacionan y resultan en el encarcelamiento selectivo de jóvenes entre 18 a 33 años, declaradasnegras o pardas, con enseñanza fundamental incompleta, respondiendo por tráfico de drogas (flagradas con pequeña cantidad de drogas), madres solteras. Nuestro argumento es que la perspectiva interseccional permite superar el análisis descriptivo y estanco de los factores involucrados en crímenes cometidos por mujeres y su consecuente encarcelamiento, aclarando cómo el sistema penal puede incorporar y perpetuar formas naturalizadas de control de los cuerpos femeninos y la injusticia social. Concluimos que la mirada interseccional ilumina las complejas situaciones biográficas y vivencias cotidianas de opresión que afectan a cerca de 45 mil mujeres en prisiones brasileñas hoy....(AU)


Subject(s)
Humans , Female , Prisons , Psychology , Criminology
7.
Rev. psicol. (Fortaleza, Online) ; 9(2): 70-75, jan.-jun 2018.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1342401

ABSTRACT

Este estudo objetiva apresentar uma experiência relativa a intervenções feitas em sala de espera, apontando sua potência política para o fortalecimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira (RPB). A partir da inserção semiprofissional de estudantes de graduação em Psicologia de uma faculdade privada em Fortaleza/CE em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPSad), tomou-se a sala de espera como um dispositivo interventivo e analisador do serviço. Com base na demanda do campo e nas leituras sobre clínica ampliada, buscou-se produzir um espaço de escuta e acolhimento. Ademais, o trabalho fundamentou-se na perspectiva da Redução de Riscos e Danos (RRD), no sentido de ampliar o olhar sobre a questão das drogas e possibilitar outras formas de pensar e atuar no campo da saúde mental coletiva. As temáticas problematizadas tiveram efeitos tanto para os usuários e a equipe do serviço, como para os estagiários, pois a cada encontro construía-se em ato um espaço de empoderamento e controle social. Apesar das dificuldades infraestruturais, percebemos que o CAPS, impulsionado por uma equipe implicada política e eticamente, consegue funcionar, apostando nas potencialidades da comunidade, proporcionando coletivamente outras possibilidades de existência e se afastando da perspectiva reducionista de saúde como ausência de doença.


This study aims to present an experience concerning of interventions made in the waiting room, pointing out its political power to strengthen the Brazilian Psychiatric Reform (RPB). From the semiprofessional insertion of undergraduate students in Psychology from a private college in Fortaleza/CE in a Center for Psychosocial Care Alcohol and Other Drugs (CAPSad), the waiting room was taken as an intervention device and analyzer of the service. Based on the demand of the field and the readings on expanded clinic, it was sought to produce a space of listening and welcoming. In addition, the work was based on the perspective of Reducing Risk and Damage (DRR), in order to broaden the view on the issue of drugs and enable other ways of thinking and acting in the field of collective mental health. The problematized themes had effects both for the users and the staff of the service, as well as for the trainees, because at each meeting an area of empowerment and social control was built. Despite the infrastructural difficulties, we realize that the CAPS, driven by a team politically and ethically Anti-Asylum Campaign, manages to work, betting on the potentialities of the community, collectively providing other possibilities of existence and moving away from the perspective reductionist as absence of disease.


Subject(s)
Health Care Reform , Community Participation , Psychiatric Rehabilitation , Social Work, Psychiatric
8.
Psicol. soc. (Online) ; 25(2): 272-281, 2013.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-683243

ABSTRACT

O presente trabalho intenta discutir as possibilidades trazidas pela arte no contexto da desinstitucionalização da loucura. Propõe-se que tal dispositivo pode ir além de um uso meramente instrumental e disciplinador, criando novos regimes de visibilidade e de sociabilidade no cotidiano urbano. Nesse sentido, apresentamos algumas imagens que nos ajudam a refletir sobre a potência da arte e debatemos algumas ações que estão em curso a partir do "Projeto Arte e Saúde". A despeito das dificuldades vivenciadas, observamos que a produção de encontros derivados dessas experiências aponta para outras formas de lidar com a diferença e vivenciar a cidade por meio da arte.


This paper aims to discuss the possibilities brought by art in the context of deinstitutionalization of madness. It is proposed that such device can go beyond a merely instrumental and disciplinary use, creating new systems of visibility and sociability in daily urban life. In this sense, we present some images that help us to reflect about the strength of art and we discuss about some actions that are underway in the city originated from "Projeto Arte e Saúde". Despite the difficulties experienced, we observed that the productions of meetings derived from these experiments points to other ways of dealing with difference and experience the city through the art.


Subject(s)
Art , Cities , Mental Disorders , Mental Health
9.
Physis (Rio J.) ; 21(4): 1231-1252, out.-dez. 2011.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-611072

ABSTRACT

Este estudo tem como objetivo problematizar e demarcar conceitualmente a categoria inovação, com vistas a subsidiar a construção de práticas inovadoras e modelos avaliativos multidimensionais em saúde mental. Inovação, termo bastante presente em âmbitos como administração, tecnologia e, grosso modo, nas ciências duras, é aqui reconfigurando como processo, apontando para movimentos de mudança potencializadores do surgimento de novos modos de interação, saberes e práticas, cujo caráter é de superação da lógica anterior, considerada então tradicional. Com base em revisão e posterior diálogo com a literatura concernente à saúde mental e ao conceito de inovação nesse âmbito, propõe-se a incorporação das dimensões epistêmica, ético-política e ecológica como elementos essenciais à construção de práticas e modelos de cuidado em saúde mental, bem como propostas voltadas a avaliar inovações. Na dimensão epistêmica, inclui-se o necessário reconhecimento do adoecimento em sua dimensão existencial de sofrimento, superando taxonomias e nomenclaturas nas quais ainda predomina o rótulo da loucura, que pouco ou nada nos diz sobre o homem, sua existência e os condicionantes sócio-históricos de seu sofrimento. A dimensão ético-política compreende a necessidade de delimitar concepções de saúde mental que englobem práticas transformadoras da realidade social, incorporando uma grupalidade pautada na circularidade do cuidado, criatividade e consciência social. Por fim, a dimensão ecológica designa conectividade na acepção de uma reconexão com suas raízes sociais e históricas e com o sagrado, favorecendo processos que superem a alienação e facilitem o desenvolvimento do fortalecimento pessoal e coletivo.


This study aims to discuss and to conceptualize the category innovation, in order to support the construction of innovative practices and multidimensional evaluation models in mental health. Innovation, a term very used in areas such as management, technology and in the hard sciences in general, is here reconfigured as process, pointing to movements of change, potentiating the emergence of new modes of interaction, news paradigms of knowledge and practices, whose character is to overcome previous logic, then considered traditional. Based on review and subsequent dialogue with the literature concerning mental health and the concept of innovation in this field, it is proposed to incorporate the epistemic dimensions, ethical-political and ecological dimensions as essential elements to building practices and models of mental health care as well as proposals aimed to evaluate innovations. The epistemic dimension includes the necessary recognition of the disease in its existential dimension of suffering, overcoming the traditional taxonomy and nomenclature which tells us little or nothing about the man, his life and the socio-historical conditions of their suffering. The ethical-political dimension understands the need to define mental health concepts covering transformative practices of social reality, incorporating a groupality, a category based on the circularity of care, creativity and social awareness. And finally, the ecological dimension means opening towards reconnecting with the cultural, cosmic and the transcendent, favoring processes that overcome the alienation and facilitate the development of personal and collective empowerment.


Subject(s)
Humans , Delivery of Health Care/methods , Mental Health , Public Health Practice/ethics , Rehabilitation Services , Rehabilitation/psychology
10.
Fractal rev. psicol ; 21(1): 163-176, jan.-abr. 2009.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-520265

ABSTRACT

Nosso objetivo foi discutir a utilização da dança no contexto da Reforma Psiquiátrica a partir da análise de um grupo de expressão corporal de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Para tanto, acompanhamos alguns de seus encontros, realizamos entrevistas com profissionais ligados ao mesmo e participamos de uma reunião da equipe. Vimos que esta experiência pode servir como um dispositivo da Reforma Psiquiátrica, possibilitando novas maneiras de lidar com a diferença, mas pode ser também capturada pela lógica manicomial. Além disso, o grupo serviu como um analisador da organização do serviço e da necessidade de criar formas distintas de cuidado.


We objective to discuss dance in the context of the Psychiatric Reform, through the analysis of a corporal expression group of the Center for Psychosocial Care (CAPS). We followed some meetings and we interviewed some professionals involved with it. We also participated in a group meeting. We observed that this experience can function as a Psychiatric Reform tool that enables new ways of dealing with the difference, but it can be perceived by the manicomial logic as well. Besides, the group was a means of reflection on the service structure and on the need to create new forms of care.


Subject(s)
Humans , Adult , Dancing/psychology , Mental Health , Mental Health Services
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL