ABSTRACT
Objetivo: Avaliar o processo de implantação da reforma psiquiátrica brasileira, especialmente no que concerne ao seu impacto na gestão familiar dos cuidados de saúde. Métodos: Trata-se de uma pesquisa interpretativa realizada entre agosto/2011 e janeiro/2012, em que se adotou como referencial teórico o interacionismo simbólico e como referencial metodológico a teoria fundamentada nos dados (grounded theory). Inicialmente, selecionaram-se 49 artigos com os descritores saúde mental, reforma psiquiátrica e cuidado psicossocial, nas bases Scielo, LILACS, e repositórios de universidades. Desses, 17 foram descartados por terem ano de publicação anterior a 2008, e 18 por terem enfoques não contemplados no escopo do estudo. Resultados: As relações de poder na forma de tratamento foram identificadas como condições causais do processo de desospitalização, que ocorre em um contexto de deficiência da rede substitutiva aos hospitais psiquiátricos, exigindo a participação das famílias no acolhimento e tratamento. Essa estratégia de desconstrução do modelo manicomial temcomo consequência a sobrecarga das famílias. Conclusão: Se, por um lado, o deslocamento do eixo assistencial do tratamento para o acolhimento da doença e sofrimento do indivíduo em suas relações sociais propunha o resgate dos direitos civis e humanos e a manutenção do paciente na comunidade, por outro, a desospitalização criou uma série de problemas, como a sobrecarga emocional e logística imposta às famílias.
Objective: To evaluate the process of implementing the Brazilian psychiatric reform, especially regarding its impact on families? management of healthcare issues. Methods: Interpretative research performed between August 2011 and January 2012, where symbolic interactionism was used as theoretical reference and Grounded Theory was used as the methodological reference. Initially, 49 articles on the subject were selected applying as descriptors mental health, psychiatric reform and psychosocial care, in Scielo, LILACS and university libraries? databases. Of these, 17 articles were excluded for being published prior to 2008 and 18 for having approaches not comprised in the scope of the study. Results: The power relationships in the treatment method were identified as causal conditions of the de-hospitalization process, which occurs in a context of deficiency in the network intended to replace psychiatric hospitals, therefore requiring the participation of patients? families in their reintegration at home and treatment. This strategy to deconstruct the psychiatric hospital-based model results in an excessive burden to the families. Conclusion: If, on one hand, the shift from hospitalization to in-home care, with embracement of the disease and of patients? suffering in their very social relationships, was to propose the recovery of patients? civil and human rights and their remaining into the society, on the other hand, it creates another series of problems, such as the emotional and logistical burden imposed on patients families.
Objetivos: Evaluar el proceso de implementación de la reforma psiquiátrica brasileña especialmente con respecto a su impacto en la gestión familiar de los cuidados de la salud. Métodos: Se trata de una investigación interpretativa realizada entre agosto de 2011 y enero de 2012, en la que se adoptó como referencial teórico el interaccionismo simbólico y como referencial metodológico La teoría fundamentada en los datos (grounded theory). Inicialmente, se seleccionaron 49 artículos con los descriptores salud mental, reforma psiquiátrica y cuidado psicosocial, en las bases Scielo, LILACS y los repositorios de universidades. De estos, 17 fueron excluidos debido a que tenían el año de publicación antes Del año 2008, y 18 por tener enfoques no contemplados en el alcance del estudio. Resultados: Las relaciones de poder en la forma de tratamiento fueron identificadas como condiciones causales del proceso de desinstitucionalización, que se produce en um contexto de deficiencias de la red sustitutiva en los hospitales psiquiátricos y que requiere la participación de las familias em el cuidado y tratamiento. Esta estrategia de deconstrucción Del modelo manicomial tiene como consecuencia la sobrecarga de lãs familias. Conclusión: Si, por un lado, el desplazamiento del eje asistencial del tratamiento para la recepción de la enfermedad yel sufrimiento de la persona en sus relaciones sociales proponía un rescate de los derechos civiles y humanos y el mantenimiento del paciente en la comunidad, por otro, la desinstitucionalización creó una serie de problemas, como la sobrecarga emocional y logística impuesta a las familias.