ABSTRACT
Na Amazônia, a política de saúde se encontra com um território de vida específico, caracterizado por um tecido social diverso, dinâmico e imigrante, transitando pelas águas e florestas. Nesse cenário, a vida é pujante, que vibra e faz acontecer um sistema de saúde amazônico, plural étnica e socialmente, biodiverso e culturalmente específico. Assim, é imperativo construirmos referencial teórico da saúde coletiva regional, bem como refletirmos e contextualizarmos o SUS com "DNA amazônico". Compreendemos ser esta uma referência para colaborar com o campo das ciências gerenciais que compõe o campo da saúde coletiva no Brasil, sem dissociar do desafio de realizar a gestão e as práticas das políticas de saúde por pesquisadores gestores da Amazônia. O 'fator amazônico' aqui apresentado roteiriza os desafios de se fazer saúde nessas diversas amazônias. Cenários de experiências promissoras no campo das políticas e planejamento aqui expressos podem contribuir com a comunicação entre gestore(a)s, pesquisadore(a)s e membros do controle social a vislumbrarem métodos e oportunidades de mudanças sistêmicas nas práticas assistenciais e nos modos de gerir a saúde na Amazônia.