ABSTRACT
O objetivo deste trabalho é conscientizar obstetras e pediatras da importância do exame anatomopatológico da placenta no âmbito médico-legal e na prática clínica, sistematizar a busca e o reconhecimento das placentas de análise mandatória e auxiliar na criação de protocolos internos para a sua triagem. Realizou-se revisão sistemática da literatura de artigos científicos indexados nas bases de dados SciELO, LILACS, PubMed, Bireme, entre os anos de 2000 a 2012, utilizando-se as palavras-chave: placenta, doenças placentárias, /legislação & jurisprudência, responsabilidade legal. Foram incluídos aqueles com notável qualidade metodológica e relevância clínica. Observou-se que o índice de placentas enviadas à análise ainda é muito baixo, seja por falta de conhecimento da sua aplicação e da sua importância para ajudar a esclarecer fatos inesperados ou que cursem com prejuízo do desenvolvimento da criança, ou pelo fato da maioria dos hospitais não dispor de protocolos internos e recursos que permitam a realização do exame. A grande vilã da falta de uso deste exame em benefício do paciente e dos médicos é a ausência de protocolos com as suas indicações clínicas. Para isso, foi elaborada uma lista com as principais situações que poderiam indicar a análise da placenta.