Imuno-histoquímica na prática clínica / Immunohistochemistry in the practical clinic

A imuno-histoquímica, ao longo das três últimas décadas, revolucionou o campo da patologia e a visão sobre variados temas da atuação médica. A técnica, complementar à coloração de hematoxilina e eosina, mostrou-se indispensável não apenas para a pesquisa de laboratório, mas também na prática clínica. Seu espectro de atuação inclui a definição diagnóstica, a determinação de fatores prognósticos e índices proliferativos, a identificação de microorganismos, células, estruturas ou materiais, e a imunofarmacologia, cada vez mais relevantes na identificação da sensibilidade de diferentes tipos de câncer a drogas específicas. O entendimento das bases de sua técnica, bem como de suas aplicações e limitações, a torna ferramenta importantíssima no auxílio diagnóstico. A boa indicação permite que a técnica contribua para a resolução da dúvida diagnóstica em questão. A imuno-histoquímica destaca-se também na elucidação do sítio primário de neoplasias metastáticas, um dos mais desafiadores diagnósticos da medicina atual.

Diagnóstico e terapêutica do câncer com sítio primário desconhecido / Diagnosis and therapeutical of the cancer with unknow primary site

Apesar de o Câncer de Sítio Primário Desconhecido (CSPD) não ser um dos mais prevalentes na clínica médica, sabe-se que o diagnóstico e o tratamento de pacientes com tal patologia são um dilema. Mesmo com os recentes avanços na imunohistoquímica, na tecnologia de imagens e no surgimento de novas drogas antineoplásicas, a maioria dos pacientes é relativamente resistente ao tratamento sistêmico e apresenta uma pequena sobrevida. Compreender a apresentação clínica, a histopatologia, conhecer as formas de investigação diagnóstica, bem como as possibilidades de tratamento desta patologia tão diferenciada e que mexe com a ansiedade do médico, faz parte da formação de muitas especialidades da medicina.