ABSTRACT
A batata-de-pedra (mandevilla tanuifolia), reconhecida por arqueólogos da UNICAP como alimento participante da dieta da antiga civilizaçäo de Brejo da Madre de Deus-Pe, foi analisada tendo em vista a possibilidade de associaçäo do seu consumo com a má formaçäo óssea evidenciada nos fósseis humanos encontrados no sítio arqueológico. Amostras de dois lotes de tubérculos coletados aleatoriamente nesta regiäo, foram analisadas sob a forma "in natura" e após transformaçäo em farinha. A composiçäo centesimal, de aminoácidos, minerais, sólidos solúveis, pH, acidez titulável, ácido cianídrico e taninos, foram os parâmetros investigados. Os resultados indicaram uma composiçäo química semelhante a de outros tubérculos usualmente consumidos. O aminograma revelou a leucina como primeiro aminoácido limitante e considerável aporte de lisina. Os fatores tóxicos investigados näo confirmam qualquer relaçäo entre o consumo da batata-de-pedra e a enfermidade óssea encontrada nos fósseis humanos. Entretanto, näo deve ser descartada a possibilidade da presença de outras substâncias de açäo tóxica