ABSTRACT
Dams are important sources of hydroelectric power and many are being built in Brazil without a clear understanding of the environmental consequences. Here we review the biological impacts of these construction and discuss a particular case history in the Araguari river basin. Many studies showed structural changes in plant and animal populations, both in temporal and spatial scale, and works about the negative impacts of hydroelectric power plants have intensified over the years. However, the detailed consequences of the landscape fragmentation imposed by dams on plant and animal populations are still unclear. A reservoir creates a huge lakeshore, isolating areas previously connected, and transforming the environment in a mosaic of fragmented habitats. This new discontinuity can modify local biodiversity and affect important processes to fauna and flora maintenance, such as dispersal and migration ability. The new conditions imposed by a reservoir also increase soil moisture, temperature, light incidence and air speed, which alter plant communities located on the lakeshore of these dams. We carried out some such studies on forests affected by dams located on the Araguari River basin and some of them showed changes in the arboreal communities and on the regeneration of seedlings, saplings and young trees after damming, suggesting modifications on structure, composition and functions of these forests.
Represas são importantes fontes de energia hidroelétrica, porém muitas estão sendo construídas sem um conhecimento claro dos impactos ambientais. Muitos estudos mostraram que plantas e animais modificam sua estrutura, tanto em escala temporal quanto espacial, logo os estudos sobre as consequências negativas das represas têm se intensificado nos últimos anos. No entanto muitas consequências em populações de plantas e animais são pouco conhecidas, sobretudo a fragmentação da paisagem imposta pelo represamento. Um reservatório cria um grande lago que isola áreas, antes conectadas pela continuidade terrestre e transforma o ambiente em um mosaico de habitats fragmentados. Esta descontinuidade pode modificar a biodiversidade local e afetar importantes processos da manutenção de fauna e flora, assim como dispersão e capacidade de migração das espécies. As novas condições impostas pelo reservatório ainda aumentam a umidade do solo, a temperatura, a incidência de luz, e a velocidade do ar, que alteram a comunidade de plantas localizadas ás margens do lago afetado por essas represas. Portanto, novos estudos vêm sendo necessários para entender a complexidade das modificações na paisagem e ecossistemas após a construção de represas, e assim muitas investigações estão sendo realizadas na bacia do Rio Araguari. Estes estudos têm mostrado severas modificações nas comunidades arbóreas e na regeneração de plântulas e árvores jovens após o represamento, sugerindo modificações na estrutura, composição e funcionamento destas florestas.