ABSTRACT
Os autores descrevem a incidência da doença fibrocística em 516 mamoplastias reparadoras em pacientes sem história prévia de doença de mama. A idade das pacientes variou de 14 a 91 anos com um pico ao redor da terceira e quarta décadas de vida. Em 347 pacientes (67,25 por cento) havia evidências de alteraçoes fibrocísticas nao proliferativas como fibrose estromal, cistos, inflamaçao crônica, metaplasia apócrina e alteraçoes fibroadenomatóides. Porém, em 13,26 por cento dos casos havia alteraçoes proliferativas como hiperplasia epitelial típica (n=34), adenose esclerosante (n=6) e hiperplasia epitelial atípica (n=6). Um caso de carcinoma ductal in situ também foi precocemente diagnosticado pela análise deste material. As pacientes com história familiar de câncer de mama e doença fibrocística com alteraçoes proliferativas podem ter risco de desenvolvimento de carcinoma até dez vezes maior que a populaçao em geral. Nossos achados enfatizam que todos os espécimes provenientes de mamoplastias devem ser submetidos a exame histopatológico para que as pacientes do grupo de risco de desenvolvimento de carcinoma sejam diagnosticadas e observadas clinicamente.