ABSTRACT
Um numero crescente de individuos portadores da Sindrome de Down vem participando de atividades esportivas e recreativas tanto no ambiente familiar como em clubes e escolas. Especialistas tem alertado para um problema observado com uma certa frequencia nesses individuos: a instabilidade atlanto-axial, que representa uma morbidade maior que a normal das duas vertebras cervicais superiores (Atlas e Axis). Essa condicao expoe os portadores a riscos de lesao de medula. Este estudo investigou a incidencia desta instabilidade em 17 criancas (5 a 15 anos), de ambos sexos, vinculadas as instituicoes educacionais da Grande Florianopolis (SC). Foram feitos exames fisicos e radiologicos, incluindo radiografias de perfil da regiao cervical nas posicoes neutra, em flexao e em extensao. Foram feitas medidas em milimetros do afastamento C1-C2, conforme a padronizacao descrita por Pueschel et al (1981). Duas das 17 criancas investigadas (12//) apresentaram a instabilidade atlanto-axial (medidas entre 4,5 e 6 mm), mas nao se apresentaram intomaticas. Medidas acima de 6 mm estao, em geral, associadas com sintomas e sinais neurologicos, requerendo, em muitos casos, correcao cirurgica