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1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(12): e00190517, 2018.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-974613

ABSTRACT

Resumo: O objetivo deste estudo foi compreender como as mães interpretam e explicam a morte de seus filhos no período neonatal. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa. Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas com 15 mulheres residentes no Município de São Luís, Maranhão, Brasil, cujos recém-nascidos morreram no período de julho de 2012 a julho de 2014. A coleta de dados foi realizada entre 1º de abril e 29 de agosto de 2014. As entrevistas incluíram perguntas acerca do trabalho de parto, parto, nascimento e puerpério. Foi realizada análise de conteúdo na modalidade temática. A partir da fala das entrevistadas, foram evidenciadas fragilidades na rede de assistência. Para muitas, o atendimento recebido esteve relacionado a eventos que levaram à morte dos filhos. Foram identificados como núcleos de sentido a demora no atendimento e a negligência na maternidade, que evidenciaram um contexto de violência obstétrica sofrida pelas mulheres. Fica evidente a importância de criação de estratégias para promover e assegurar o cuidado humanizado no atendimento ao parto e nascimento. Deve-se buscar o fortalecimento de políticas públicas integralizadas que contemplem as demandas de atenção à saúde da mulher e da criança.


Abstract: The aim of this study was to learn how mothers interpret and explain the death of a newborn child. The study used a qualitative approach. We conducted semi-structured interviews with 15 women in São Luís, Maranhão State, Brazil, whose newborn infants died between July 2012 and July 2014. Data were collected from April 1st to August 29th, 2014. The interviews included questions on labor, delivery, birth, and postpartum. Thematic content analysis was performed. The mothers' testimony evidenced weaknesses in the network of care. Many of the mothers linked the care they received to events leading to their infants' death. Core meanings identified by the analysis included slow and negligent care in the maternity hospital, revealing a context of obstetric violence against the women. There is an evident need to create strategies to promote humane care during labor and childbirth, strengthening comprehensive and integrated public policies to meet the demands for care for pregnant women and their infants.


Resumen: El objetivo de este estudio fue comprender cómo interpretan y explican las madres la muerte de sus hijos durante el período neonatal. Se trata de una investigación con enfoque cualitativo. Se utilizaron entrevistas semiestructuradas con 15 mujeres residentes en el municipio de São Luis, Maranhão, Brasil, cuyos recién nacidos murieron durante el período de julio de 2012 a julio de 2014. La recogida de datos se realizó entre el 1 de abril y el 29 de agosto de 2014. Las entrevistas incluyeron preguntas sobre el trabajo de parto, parto, nacimiento y puerperio. Se realizó un análisis de contenido en la modalidad temática. A partir de las intervenciones de las entrevistadas, se evidenciaron fragilidades en la red de asistencia. Para muchas, la atención recibida estuvo relacionada con eventos que llevaron a la muerte de sus hijos. Se identificaron como núcleos de sentido la tardanza en la atención y la negligencia en la maternidad, que evidenciaron un contexto de violencia obstétrica sufrida por las mujeres. Es evidente la importancia de crear estrategias para promover y asegurar el cuidado humanizado en la atención al parto y nacimiento. Se debe buscar el fortalecimiento de políticas públicas integradas que contemplen las demandas de atención a la salud de la mujer y del niño.


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Infant, Newborn , Infant , Adult , Young Adult , Perinatal Death , Mothers/psychology , Socioeconomic Factors , Brazil , Labor, Obstetric , Attitude of Health Personnel , Attitude to Death , Interviews as Topic , Cause of Death , Qualitative Research , Hospitals, Maternity
2.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 35(12): 541-548, dez. 2013. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-699978

ABSTRACT

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de lombalgia em gestantes, descrever suas principais características e fatores associados. MÉTODOS: Foram incluídas 269 gestantes, do primeiro ao terceiro trimestre de gestação, assistidas em um ambulatório de obstetrícia do Nordeste do Brasil. Aplicou-se um questionário no qual foram registrados dados referentes à variáveis sociodemográficas, história obstétrica e características da dor lombar. Aplicaram-se também os questionários Oswestry e Rolland Morris para avaliar a incapacidade e a escala visual analógica de dor para medir a intensidade da dor. RESULTADOS: A prevalência de dor lombar foi de 73% com o seguinte padrão: "em pontada" (62/31,6%), irradiação (162/82,6%), com frequência diária (105/53,5%), iniciando geralmente no período noturno (83/42,3%) quando também era mais intensa (122/62,2%), com duração em torno de 1 hora em 118 (60,2%). Foi observada melhora com o repouso (100/51%) e piora na posição ortostática ou sentada por longo tempo (86/43,9%) e com atividades domésticas (85/43,4%). Os níveis de incapacidade foram geralmente "leve" e "moderada". As variáveis infecção urinária (p=0,02) e o escore dos questionários Oswestry e Rolland Morris apresentaram associação significante com a escala visual analógica de dor. CONCLUSÃO: A prevalência de dor lombar entre as gestantes é alta, com características variadas. O grau de incapacidade chega a ser moderado e, nesse grupo, a presença de infecção urinária e os maiores escores de incapacidade foram associados a maior intensidade de lombalgia.


PURPOSE: To determine the prevalence of low back pain in pregnant women and to describe its characteristics and associated factors. METHODS: The participants were 269 pregnant women in the first to the third trimester of pregnancy, seen at the obstetrics outpatient clinic of a University Hospital in the Brazilian Northeast. We applied a questionnaire in order to obtain data regarding socio-demographic variables, obstetric history and characteristics of low back pain, as well as the Oswestry and Rolland Morris questionnaires to assess disability and a visual analog pain scale to measure pain intensity. RESULTS: The prevalence of low back pain was 73%, with the following characteristics: stabbing (62/31.6%), irradiation (162/82.6%), of daily frequency (105/53.5%), usually starting at night (83/42.3%) when it was also more intense (122/62.2%), and lasting about 1 hour in 118 women (60.2%). Pain improved with rest (100/51%), worsened when the women stood or sat for a long time (86/43.9%) and when they did housework (85/43.4%). The level of disability ranged from "mild" to "moderate" in most cases. Urinary tract infection (p=0.02) and the scores of the Oswestry and Rolland Morris questionnaires showed significant association with the visual analogue pain scale. CONCLUSION: The prevalence of back pain among pregnant women is high, with varying characteristics. The degree of disability is usually moderate and the presence of urinary infection and higher disability scores were associated with greater intensity of low back pain.


Subject(s)
Adolescent , Adult , Female , Humans , Pregnancy , Young Adult , Low Back Pain/epidemiology , Pregnancy Complications/epidemiology , Cross-Sectional Studies , Disability Evaluation , Pain Measurement , Prevalence , Surveys and Questionnaires
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