ABSTRACT
Objetivo: O presente trabalho visa determinar a frequência de parasitas oportunistas em pacientes HIV/SIDA positivos, do Hospital Universitário de Brasília, com ênfase aos Coccídios e Microsporídios, empregando técnicas simples e baratas de coloração para microscopia de luz. Material e métodos: Foram realizados dois estudos (restrospectivo e prospectivo). No estudo retrospectivo, foram aleatoriamente analisados prontuários médicos dos pacientes HIV/SIDA positivos, avaliados e acompanhados no Hospital Universitário de Brasília, e preenchida uma ficha clínica-epidemiológica. Paralelamente, foram realizadas duas avaliações, em períodos e populações diferentes, das amostras coprológicas que foram examinadas na Seção de Parasitologia, do Laboratório Central do hospital. Para o estudo prospectivo, foi implantado um ambulatório especial, onde foram avaliados e examinados os pacientes. No final de cada entrevista, uma ficha clínica-epidemiológica foi preenchida e amostras de fezes foram coletadas, em formalina a 10 por cento e a fresco, para posterior exame por meio de técnicas coprológicas de sedimentação, centrifugação e concentração, e técnicas específicas de coloração, para identificação e medição dos parasitas encontrados. Resultados: Os resultados revelaram a presença de protozoários intestinais, tais como: Isospora belli, Cryptosporidium sp e Cyclospora sp. O único helminto de destaque foi o Strongyloides stercoralis. Existe uma elevada frequência de protozoários intestinais nos pacientes HIV positivos, quando examinados apropriadamente por meio das técnicas de coloração recomendadas para microscopia de luz. Conclusão: Na nossa casuística, ainda não detectamos Microsporídios, fazendo suspeitar baixa prevalência, em nosso meio, ou de cepas pouco patogênicas e expressivas clinicamente ou, talvez consequência da terapia anti-retroviral aplicada. Esses são aspectos que focalizaremos na continuidade desta pesquisa