ABSTRACT
O artigo aborda as vicissitudes da integração somatopsíquica, particularmente as questões de gênero, usando referências das artes em geral, dança, cinema e artes plásticas. Pacientes em que a identidade de gênero não corresponde à identidade biológica geram inúmeras questões: estamos diante de uma patologia? Se assim for, de que ordem? Estamos falando de perversão? De um transtorno borderline? Uma psicose? Ou talvez um transtorno narcísico? Ou a partir de outro vértice, uma forma diferenciada de expressão da condição humana, uma patologia do ser? A perplexidade que essas questões trazem para nós psicanalistas leva à busca de novas perspectivas.
This article discusses the vicissitudes of the somato-psychic integration, particularly about gender issues, using as references art, dance and cinema. Pacients whose gender identity and biologic identity do not correspond raise inumerous questions: are we facing a pathology, and if so, what is its nature? Are we talking about perversion? A borderline condition? Narcisism? Or, in another vertex, a differentiated form of expression of human condition, a pathology of the being? The perplexity surrounding these issues lead us psychoanalysts to search for new perspectives.