ABSTRACT
Adultos de Bonagota cranaodes (Meyrick) (Lepidoptera: Tortricidae) submetidos a tratamentos com água, solução de mel a 10 por cento, solução de mel a 10 por cento + 25 por cento de cerveja e sem alimento foram mantidos em gaiolas de PVC transparente para avaliar a fecundidade, longevidade e viabilidade de ovos em laboratório a 25±1°C e 70±10 por cento de UR. Maior longevidade de fêmeas e machos e número de ovos/fêmea foram obtidos nos substratos compostos de mel a 10 por cento (17,75 dias, 17,35 dias e 14,07 ovos/postura) e mel a 10 por cento + 25 por cento de cerveja (18,25 dias, 18,20 dias e 12,71 ovos/postura). A viabilidade dos ovos e a duração do período embrionário foram semelhantes em todos os tratamentos. O substrato alimentar mel a 10 por cento + 25 por cento de cerveja, apresentou efeitos semelhantes ao substrato composto de apenas mel a 10 por cento sobre a longevidade, fertilidade e viabilidade dos ovos. Entretanto, devido ao menor custo, a dieta a base de mel apresenta melhor potencial de utilização para manutenção da criação do inseto em laboratório.
Subject(s)
Diet , Longevity , OvipositionABSTRACT
O objetivo deste estudo foi avaliar a reação de dois cultivares de trigo aos danos causados por percevejos adultos de Dichelops melacanthus (Dallas), confinados sobre a cultura a partir do início do perfilhamento. Foram comparados os efeitos de diferentes níveis de infestação (0, 2, 4, 8 e 16 percevejos m-2) sobre o número de perfilhos m-2, número de espigas m-2, peso de mil sementes (g) e rendimento (kg ha-1) das cultivares æBR 18' e æBRS 193' de trigo, em Londrina, PR. O número de perfilhos m-2 cresceu linearmente para a cv. æBR 18' e de forma quadrática para a cv. æBRS 193' com o aumento do número de percevejos m-2; o número de espigas m-2, o peso de mil sementes, e o rendimento decresceram de forma linear com o aumento do nível de infestação para as duas cultivares. æAcv.BRS 193' foi mais suscetível ao ataque de D. melacanthus, apresentando uma redução de 254,4kg para cada unidade de aumento no número de percevejos m-2.
Subject(s)
Damage Assessment , Heteroptera , TriticumABSTRACT
Estudaram-se aspectos da biologia de Argyrotaenia sphaleropa Meyrick em dietas artificiais com diferentes fontes proteicas: D1-feijão branco, germe de trigo, proteína de soja e caseína; D2-feijão carioca e levedura de cerveja e D3-feijão carioca, levedura de cerveja e germe de trigo, avaliando-se a duração e viabilidade e todas as fases de desenvolvimento desse inseto (ovo, lagarta, pré-pupa e pupa) e do ciclo total (ovo-adulto), razão sexual, peso de pupas, fecundidade, longevidade e tabela de vida de fertilidade. Os experimentos foram conduzidos em laboratório a 25±1°C, 65±10 por cento UR e fotofase de 14 horas. A duração da fase de ovo foi de 6,6 dias nas três dietas. A maior duração das fases lagarta e pré-pupa foi em D1 e de pupa em D2, resultando em maior duração do ciclo total nestas duas dietas (30,9 e 30,8 dias). A viabilidade total foi superior a 62 por cento em todas as dietas, independente da fonte proteica. O número de ínstares foi de quatro a cinco nas três dietas. A menor fecundidade foi observada em D1. Através da tabela de vida de fertilidade, a dieta D3 foi a mais adequada para criação de A. sphaleropa por ter proporcionado menor duração de desenvolvimento (T), maior razão finita de aumento (l) e viabilidade total superior a 75 por cento.
ABSTRACT
Argyrotaenia sphaleropa (Meyrick) is often found attacking Diospyros kaki fruits in southern region of Brazil. Duration and viability of the periods (eggs, larvae and pupae) and lifespan of the pest was studied under laboratory conditions in different temperatures. The experiment was conducted in climatic chambers under 60±10 percent RH and 14h photophase, at temperatures of 14, 18, 20, 22, 25, 28 and 30°C, using artificial diet. Larval eclosion occurred in 5.9 to 25.4 days and larval period ranged from 13.9 to 91.1 days at 30 and 14°C, respectively. A variation of 6.4 (30°C) to 28.3 (14°C) and 26.5 (30°C) to 143.4 (14°C) days was observed for pupal phase and lifespan. Eggs, larvae and pupae viability was always higher than 75 percent while the lower total viability was 64.8 percent at 18°C. For eggs, larvae, pupae and total cycle, the threshold temperature and thermal requirements were respectively 10.8, 10.9, 10.0 and 11.0°C and 104.3, 251.4, 114.9 and 473.3 degree days. For A. sphaleropa the occurrence of the 4.1 and 14.7 generations per year were estimated in the field and in the laboratory (30°C), respectively. Temperatures of 14 and 18°C were less favorable for the insect development, with increase in time of development and decrease in survivorship.
Lagartas de Argyrotaenia sphaleropa (Meyrick) são comumente encontradas atacando frutos de caqui, Dispyros kaki L., na região da Serra do Rio Grande do Sul. Neste trabalho a duração e a viabilidade das fases (ovo, lagarta e pupa) e do período de desenvolvimento total (ovo-adulto) de A. sphaleropa foram estudadas em diferentes temperaturas. O experimento foi conduzido em câmaras climatizadas a UR de 60±10 por cento e fotofase de 14h, nas temperaturas de 14, 18, 20, 22, 25, 28 e 30°C, alimentando-se as lagartas com dieta artificial. A duração das fases de desenvolvimento foi, em geral, inversamente proporcional à temperatura. O período embrionário variou de 5,9 (30°C) a 25,4 (14°C) dias. A duração da fase de lagarta foi 13,9 e 91,1 dias, nas temperaturas de 30 e 14°C, respectivamente. Ocorreu variação de 6,4 (30°C) a 28,3 (14°C) e 26,5 (30°C) a 143,4(14°C), respectivamente, para a fase de pupa e para todo o período de desenvolvimento. A viabilidade das fases de ovo, lagarta e pupa foi sempre superior a 75 por cento. Contudo, apesar não ter havido diferença estatística entre as temperaturas, a 14 e 18°C, a viabilidade para todo o período de desenvolvimento foi baixa, de 69,6 e 64,8 por cento, respectivamente. Para as fases de ovo, lagarta, pupa e período de desenvolvimento total os valores das temperaturas base (Tb) e das constantes térmica foram de 10,8; 10,9; 10,0 e 11,0°C e 104,3; 251,4; 114,9 e 473,3, respectivamente. Foi estimada a ocorrência de 4,1 gerações anuais de A. sphaleropa em campo e 14,7 gerações anuais em laboratório (30°C). As temperaturas de 14 e 18°C foram menos adequadas para o desenvolvimento do inseto devido ao aumento do período de desenvolvimento e redução na sua viabilidade.