ABSTRACT
A hipermobilidade articular, também conhecida como frouxidão articular, é definida como extremo da amplitude do movimento normal, que tem como causa primária a frouxidão ligamentar que, por sua vez, torna o indivíduo mais suscetível aos efeitos do trauma, sendo a prevalência alta na raça oriental; uma variação de 5 por cento a 30 por cento de frequência na população em geral. Este estudo foi desenvolvido em uma população de 241 indivíduos da comunidade japonesa no Brasil, buscando investigar a mobilidade articular em várias articulações. Foi estimada a prevalência de hipermobilidade em relação a cada uma das articulações analisadas, verificando o efeito do sexo, da idade dos índices de flexibilidade anterior do tronco e a queixa de lombalgia. Contrariando estudos anteriores sobre a prevalência da caraterística em relação ao sexo, neste estudo não se evidenciou a associação entre os mesmos. Por outro lado, confirmaram-se os achados anteriores sobre a prevalência da característica em grupos etários mais jovens e uma frequência de 14 por cento na população estudada. A queixa de lombalgia foi identificada em 57 por cento dos indivíduos, no entanto, não foi identificada nenhuma relação com a característica de hipermobilidade articular, assim como, com os índices de flexibilidade anterior do tronco