ABSTRACT
A retração gengival (RG) é definida como a migração apical da margem gengival além da junção amelocementária, em consequência de danos causados aos tecidos moles, o que leva à exposição radicular juntamente com a perda óssea. Esse problema é muito prevalente na população brasileira, e tem sido comumente associado à sensibilidade dentinária e comprometimento estético. O tratamento consiste, usualmente, na associação de um enxerto de tecido conjuntivo subepitelial (ETCS) e um reposicionamento coronal do retalho, procedimento que exige dois sítios cirúrgicos. A utilização da matriz colágena acelular (MCA) e matriz colágena suína (MC) nas cirurgias plásticas periodontais e mucogengivais, como substitutas ao ETCS, é uma opção de tratamento com resultados semelhantes. Nesse contexto, o uso das matrizes colágenas tridimensionais (MCT) possui a vantagem de evitar possíveis intercorrências pré e pós-operatórias, além de suplantar as limitações apresentadas pelo enxerto autógeno. As diferentes técnicas cirúrgicas utilizadas para o recobrimento radicular buscam previsibilidade e sucesso. Para isso, além do tipo de incisão, os posicionamentos do retalho e do enxerto são de extrema importância, pois beneficiam a cicatrização e o resultado final. O objetivo deste estudo foi demonstrar, através de um caso clínico, o estado atual das MCT e suas aplicabilidades clínicas.