Um estudo sobre a dispersäo de casos de malária no Brasil / Dispersion of cases of malaria in Brazil

Resultados de cinquenta e três mil investigaçöes de casos de malária, realizadas pela SUCAM em todas as regiöes brasileiras, durante o ano de 1985, permitiram identificar os polos de dispersäo e de recepçäo de portadores de plasmódios. Determinou-se as áreas de influência de três municípios com alta transmissäo: S. Félix do Xingu (PA), Colíder (MT) e Ariquemes (RO), que se estendem por todo o país. Confirma-se a existência de forte pressäo de casos de malária da Amazônia para as demais regiöes, o que tende a introduzir a endemia nessas regiöes a partir do surgimento de focos novos ativos. Conclui-se que a reduçäo da transmissäo nos polos de dispersäo mais importantes levará a diminuiçäo dessa pressäo e do número global de casos de endemia no país

Sobre a viabilidade atual da erradicaçäo do Aedes aegypti no controle da febre amarela no Brasil / Present viability of the eradication of Aedes aegypti in the control of yellow fever in Brazil

Após informaçäo sobre a infestaçäo atual do Aedes aegypti no Brasil, sobre a febre amarela silvestre e seu controle, e a respeito das dificuldades e limitaçöes do programa de vacinaçäo antiamarílica nas zonas rurais da área enzoótica, é discutida a viabilidade da erradicaçäo do vetor urbano da febre amarela. A seguir säo abordadas possíveis alternativas no controle da febre amarela caso näo seja possível desenvolver aquele programa de erradicaçäo. Finalmente, admite-se que a completa eliminaçäo do Aedes é a melhor opçäo para o controle da febre amarela, embora sejam inúmeras as dificuldades para que esta meta seja alcançada. Conclui-se que, enquanto isto näo for possível deve se mantido eficiente controle do Aedes para impedir a expansäo dos focos atuais e a disseminaçäo do mosquito

O controle das grandes endemias em 1984 / The control of great endemies in 1984

O trabalho reúne informaçöes gerais sobre as atividades de controle da malária, doença de Chagas, esquistossomose, febre amarela,leishmanioses, tracoma,filariose e bócio endêmico, desenvolvidas pela SUCAM em 1984, com participaçäo de instituiçöes e da comunidade. A malária, embora sob controle na maioria da área endêmica, näo foi eficazmente controlada em algumas áreas da Amazônia devido a problemas operacionais e técnicos, incluindo-se entre estes a pouca eficácia da dedetizaçäo em habitaçöes precárias e a resistência de cepas de P.falciparum a drogas antimaláricas. Colonos e garimpeiros têm sido mais afetados pelos surtos da doença. Por outro lado, a migraçäo de casos para outras regiöes obriga a manutençäo de eficiente vigilância para evitar a reintroduçäo da endemia. Quanto a doença de Chagas a evoluçäo do programa é satisfatória, existindo perspectivas de interrupçäo da transmissäo dentro de alguns anos, porém, é necessária a participaçäo de outras instituiçöes e da comunidade para impedir a domiciliaçäo dos vetores. Estudos e procedimentos estäo sendo estudados cuidadosamente nesse sentido. Há variaçäo regional na atuaçäo vetorial dos principais transmissores. No que concerne à esquistossomose, näo obstante terem sido delimitadas novas áreas de transmissäo (Pará, Piauí,...) as medidas de controle estäo reduzindo a prevalência da endemia nas unidades mais afetadas. Praticamente está concluído o levantamento da carta planorbídea do País (FIOCRUZ, SUCAM), conhecimento este de grande importância para a vigilância da endemia. No âmbito da febre amarela o programa de imunizaçäo mantém, em nível satisfatório, a proteçäo da populaçäo da área endêmica contra esta arbovirose näo obstante a dificuldade na conservaçäo da vacina em zonas rurais. O principal problema está constituído pela infestaçäo do Aedes aegypti em grandes cidades e por sua dispersäo no País ...