ABSTRACT
A literatura comprova a existência de variação interexaminador na identificação dos pontos anatômicos durante a confecção de um cefalograma. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi verificar se essa variação interfere nos resultados cefalométricos de medidas envolvendo os incisivos, dados estes, que influenciam na decisão clínica da necessidade ou não de extrações dentárias. Para tanto, foram selecionadas 40 telerradiografias laterais, que foram todas enviadas, em momentos diferentes, para tanto, foram obtidos 3 cefalogramas de cada radiografia. Neste trabalho foram analisados os itens 1/.NS, 1/.NA, 1/-NA, /1.NB, /1-NB, FMA, IMPA, discrepância de Tweed e de Vigorito. Os resultados quantitativos mostraram diferença estatisticamente significativa para um P maior ou igual 0,05 em 1 dos 7 fatores avaliados e nas 2 discrepâncias cefalométricas. A análise qualitativa apresenta resultados significativos para todos os fatores, exceto para o fator/1-NB, ou seja, os resultados diferem de um examinador para outro. A avaliação descritiva dos resultados mostrou variação de até 14,34 mm para a discrepância de Tweed e de até 16° para o 1.NB, entre os examinadores. A partir dos resultados encontrados podemos concluir que as diferenças existem e podem resultar em diagnósticos diferentes, induzindo a planos de tratamento distintos para o mesmo paciente