Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 5 de 5
Filter
Add filters








Year range
1.
Rev. bras. saúde ocup ; 44: e16, 2019.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-985369

ABSTRACT

Resumo Diante da gravidade da crise envolvendo graves retrocessos de políticas sociais em curso no Brasil, a proposta deste ensaio é pensar alternativas para futuras intervenções em Saúde do Trabalhador em uma perspectiva emancipatória. Trata-se de um convite à reflexão de novos horizontes teóricos e políticos que façam dialogar a Saúde do Trabalhador com os referenciais da abordagem pós-colonial e da proposição das Epistemologias do Sul (EdS). As EdS substanciam a obra do cientista social português Boaventura de Sousa Santos em torno de um pensamento alternativo de alternativas inspirado pelos saberes produzidos nas lutas sociais dos grupos subalternizados. Após apresentarmos uma síntese das EdS e do conceito de pensamento abissal, discutimos alguns limites e potencialidades para pensar novos horizontes teóricos, temáticos e políticos em trabalho e saúde. Em seguida refletimos sobre como os desastres industriais são emblemáticos por articular processos de exclusões radicais dentro e fora dos muros fabris. Por fim, discutimos a potência das EdS em abrir os termos do debate sobre possíveis intervenções em Saúde do Trabalhador, trazendo para o campo novos referenciais que fazem repensar, de forma ampla e radical, as agendas epistemológicas e políticas pela frente.


Abstract In view of the severity of the Brazilian crisis involving serious setbacks in social policies, the purpose of this essay is to think alternatives for future interventions in Workers' Health from an emancipatory perspective. It is an invitation to reflect on new theoretical and political horizons for discussing Workers' Health from the reference of the postcolonial approach and the proposition of the Epistemologies of the South (EdS). The EdS reflects the work of the Portuguese social scientist Boaventura de Sousa Santos around an alternative thinking of alternatives inspired by knowledge produced in social struggles of the groups that were made subaltern. After presenting a synthesis of the EdS and the concept of abyssal thinking, we discuss some limits and potentialities for thinking new theoretical, thematical and political horizons in workers´ health. Then we reflect on how industrial disasters are emblematic by articulating radical exclusion processes within and outside the factory walls. Finally, we discuss the potential of EdS to open the debate on possible interventions in Workers' Health, bringing new theoretical frameworks to the field, and enabling the broad and radical rethinking of the epistemological and political agendas to come.

2.
Fractal rev. psicol ; 27(3): 264-271, sept.-dic. 2015.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: lil-770183

ABSTRACT

O conceito de deficiência tem sido profundamente contestado nas últimas décadas, tanto política como epistemologicamente. Por um lado, está em causa o reconhecimento de que a filiação de determinadas diferenças sob a noção de deficiência constitui uma recente "invenção" da modernidade ocidental. Por outro, trata-se de pulsar as consequências dessa construção para as pessoas marcadas pelo estigma da deficiência. Estabelecendo um diálogo com importantes contribuições da teoria crítica, recrutando noções como "páticas de separação" (Michel Foucault), "materialização" (Judith Butler), "corpo múltiplo" (Annemarie Mol) e "sociologia das ausências" (Boaventura de Santos), o presente artigo procura entender como a noção de deficiência pode ser desmobilizada por leituras insurgentes das hierarquias da modernidade


The concept of disability has been profoundly challenged in the last decades, both politically and epistemologically. On the one hand, there is the recognition that affiliation of certain differences under the concept of disability is nothing but a recent "invention" of Western modernity. On the other hand, is the assumption of the consequences of that construction for the people labeled as disabled? We establish dialogue with important contributions of critical theory, addressing concepts as "dividing practices" (Michel Foucault), "materialization" (Judith Butler), "the body multiple " (Annemarie Mol) and "sociology of absences" (Boaventura de Sousa Santos), this article attempts understand how the notion of disability can be demobilized by insurgents readings of modernity and its hierarchies


Subject(s)
Humans , Disabled Persons , Human Body , Social Stigma
3.
Fractal rev. psicol ; 25(1): 3-22, jan.-abr. 2013.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-674309

ABSTRACT

Durante longas décadas, a Guerra Colonial portuguesa (1961-1974) fracassou em encontrar um efetivo espaço de rememoração naquilo que foi a reconstrução democrática e pós-imperial da sociedade portuguesa. Sob vários pontos de vista, os combatentes que adquiriram deficiência na guerra constituíram a expressão viva de um trauma coletivo que a ordem social democrática quis esquecer. Numa perspetiva teórica que procura debater os desencontros da memória pessoal e da memória coletiva, defendemos que o silenciamento e a marginalização dos Deficientes das Forças Armadas (DFA) permite consagrá-los como testemunhas privilegiadas para um diálogo com as sequelas e contradições da guerra. Assim, as histórias de vida dos DFA (35 entrevistados) são convocadas para o presente texto, seja para uma valorização da Guerra Colonial enquanto um momento histórico que deixou duradouras marcas na sociedade portuguesa, seja para o reconhecimento da deficiência enquanto marca biográfica que confronta a desmemória e a violência do esquecimento.


Colonial war has never been given a space of commemoration in the process of the democratic post-imperial reconstruction of Portuguese society. That is why this silence about the war may be described as a constituting element of this process. From various points of view, the disabled war veterans represented the vivid expression of a collective trauma which the democratic social order has wished to forget. The silencing and marginalisation to which the disabled of the Armed Forces have been subjected make them privileged witnesses, by means of their accounts (from 35 interviewees), for the salvation of important historical dimensions necessary for the understanding of contemporary Portugal, and for the recognition of disability narratives as testimonies against the violence of oblivion.


Subject(s)
Humans , Military Science/history , Combat Disorders/history , Violence , War Wounded , Portugal
4.
Fractal rev. psicol ; 21(1): 5-21, jan.-abr. 2009. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-520254

ABSTRACT

Quando falamos em subjectividade corpórea estamos a ser complacentes com uma óbvia redundância, afinal toda a subjectividade se imbrica numa vivência corpórea que é condição da existência. Não há, portanto, subjectividade não corpórea, não há subjectividade fora da experiência incorporada. No entanto, apesar disso, permanece importante falarmos em subjectividade corpórea, seja para confrontar determinado dualismo cartesiano que desincorpora o sujeito de conhecimento, seja para denunciar a insustentabilidade de determinado construtivismo que, ao procurar elidir o peso moderno de ideologias essencialistas de biologia-como-destino, negligenciou, muitas vezes ao limite, dimensões de existência em que o corpo vivido recolhe insolúvel centralidade. A partir de um longo trabalho etnográfico realizado junto de pessoas cegas no contexto português, procurarei explorar como a experiência incorporada da cegueira surge representada, enquanto vivência e enquanto projecção. Dessa forma, intento uma perspectiva em que as representações culturais hegemónicas sobre a cegueira são pensadas desde o "corpo-sujeito" ("corps-sujet") formulado por Maurice Merleau-Ponty.


To speak about corporal subjectivity is to comply with an obvious redundancy: all subjectivity is enmeshed in a corporal experience which is a condition of existence. Hence, there is no such thing as a non-corporal subjectivity: there is no subjectivity beyond embodied experience. However, it remains important to address the issue of corporal subjectivity to deny a dualistic positivism that disembodies the subject; to deny some constructivism that, trying to escape the modern essentialist ideologies in which "biology is destiny", sometimes to the limit, dimensions of existence where the lived body assumes inescapable centrality. Grounded on a long ethnographic account of the experiences of blind people in Portugal, I propose to explore the terms through which the embodied experience of blindness is construable, both as a lived experience and as a projective account. In this I will seek to outline a perspective through which the cultural hegemonic representations about blindness can be addressed through Merleau-Ponty's concept of "body-subject" ("corps-sujet").

5.
Fractal rev. psicol ; 21(1): 189-192, jan.-abr. 2009.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-520267
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL